Daily Archive abril 5, 2020

Aprovação a Ministério da Saúde cresce enquanto sobe reprovação a Bolsonaro na crise do coronavírus

(Brasília – DF, 08/04/2019) Presidente da República, Jair Bolsonaro durante gravação da entrevista para Revista VEJA com Augusto Nunes. Foto: Marcos Corrêa/PR

A avaliação negativa do desempenho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em relação à pandemia de coronavírus no Brasil subiu seis pontos percentuais nas duas últimas semanas e segue na contramão do que pensam os brasileiros sobre o Ministério da Saúde, cuja aprovação cresceu 21 pontos no mesmo período. Os governadores e prefeitos também têm taxas de aprovação superiores às do presidente.

Os resultados são de pesquisa feita entre 01 e 03 de abril junto a brasileiros que possuem telefone celular, pós ou pré-pago, com 16 anos ou mais, em todas as regiões do país. As entrevistas foram feitas por telefone para evitar contato pessoal com a população.

A parcela dos que reprovam o desempenho de Bolsonaro em relação à epidemia subiu de 33% para 39% na comparação com pesquisa realizada há duas semanas, entre 18 e 20 de março. A taxa de aprovação do presidente, no mesmo período, oscilou negativamente, de 35% para 33%, e também oscilou, de 26% para 25%, o índice dos que avaliam sua gestão da crise do vírus como regular. Há ainda 2% que não opinaram.

Já o desempenho do Ministério da Saúde melhorou de forma acentuada nas últimas duas semanas: 76% consideram o trabalho do ministério ótimo ou bom, ante 55% na pesquisa realizada entre 18 e 20 de março. Isso significa que a base dos que avaliam o desempeno do ministério positivamente é 2,3 vezes maior do que a de pessoas que pensam o mesmo sobre o presidente, responsável pelo órgão. Há ainda 18% que avaliam a gestão da saúde no surto de coronavírus como regular, ante 31% há duas semanas, e para 5% é ruim ou péssima (eram 12%). Uma parcela de 1% não opinou.

Mesmo entre aqueles que reprovam a maneira como Bolsonaro vem lidando com a crise do coronavírus o desempenho do Ministério da Saúde tem alta aprovação (71%) e baixa reprovação (7%). Entre aqueles que avaliam positivamente o trabalho do presidente, 83% também veem o desempenho do ministério como ótimo ou bom, e somente 3%, como ruim ou péssimo.

O desempenho do Ministério da Economia também foi avaliado, e está no meio do caminho entre a aprovação do presidente e do órgão vizinho na Esplanada dos Ministérios. Para 37%, o Ministério da Economia tem feito um trabalho bom ou ótimo na crise causada pelo coronavírus, e 20% o consideram ruim ou péssimo. Há ainda 38% que avaliam o trabalho do órgão que cuida da economia do país como regular, e 5% não opinaram.

Os governadores também têm desempenho superior ao do presidente na condução da crise do coronavírus: para 58%, eles vêm fazendo um trabalho ótimo ou bom, índice superior ao verificado na última pesquisa (54%). Para 16%, o desempenho dos líderes dos executivos estaduais é ruim ou péssimo (há duas semanas, 16%), e 23% atribuem a eles uma avaliação regular (na última pesquisa eram 28%). Há ainda 2% que não opinaram.

Na região Nordeste, 64% aprovam o trabalho de seus governadores, índice similar ao verificado nas regiões Norte/Centro Oeste (61%). No Sul, o índice de aprovação fica em 56%, no mesmo nível do Sudeste (55%). A comparação com a pesquisa realizada há duas semanas mostra avanço significativo na aprovação aos governadores do Nordeste (a taxa era de 51%), e alta contida na aprovação aos governadores do Norte/Centro Oeste (era de 56%). No Sul, houve ligeiro recuo (era de 61%), e no Sudeste a taxa se manteve no mesmo patamar (era de 52%).

Também pela primeira vez, o desempenho dos prefeitos, de forma geral, foi medido. Para 50%, os prefeitos vêm fazendo um trabalho ótimo ou bom em relação ao surto do coronavírus em suas cidades, e 22% os consideram ruins ou péssimos nessa tarefa. Uma parcela de 25% avalia a gestão dos prefeitos como regular, e 4% não opinaram sobre o tema.

Governo do RN disponibilizará máscaras para a população

A população potiguar receberá gratuitamente máscaras para reduzir a disseminação do vírus Covid-19 no Estado. Serão cerca de 7 milhões de itens para uso exclusivo da população. A iniciativa é do Governo do Estado.

Os itens serão adquiridos pelo Governo do Estado e disponibilizados gratuitamente à população. Para dar conta do volume de produção serão acionadas as 78 oficinas de costura que fazem parte do programa Pró-sertão, no qual tem a Guararapes como empresa âncora do programa.

A produção das peças terá ainda um efeito colateral benéfico na economia da região Seridó e municípios onde se localizam as oficinas de costura vinculadas ao Pró-sertão.

A Guararapes e a Hering, além das oficinas de costura, decidiram de forma unânime produzir os itens de malha a preço de custo.

Máscaras
Diferente do modelo N95 de TNT, utilizadas por profissionais da saúde, as máscaras produzidas pelas oficinas serão feitas de malha, seguindo orientações do próprio Ministério da Saúde. O modelo que será disponibilizado pode ser higienizado e reaproveitado.

“O importante é que a máscara cubra a região da boca e do nariz, sem deixar espaços nas laterais, e seja dupla, para impedir com eficiência a penetração do vírus”, enfatiza o diretor industrial da Guararapes, Jairo Amorim.

TRT-RN recomenda que empresas façam acordos extrajudiciais para evitar demissões no período de quarentena

Foto: Reprodução

Os acordos extrajudiciais podem ser uma saída para evitar demissões durante pandemia do novo coronavírus. A orientação é da Justiça do Trabalho do Rio Grande do Norte. Os acordos continuam sendo feitos pelo Tribunal mesmo durante a suspensão temporária dos serviços presenciais.

Os acordos são feitos pelos sindicatos e homologados pelo Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT-RN). Na homologação, o juiz analisa se não existe nenhuma ilegalidade e se o acordo atende ao interesse das partes naquele momento.

“Esse tipo de acordo é benéfico tanto para os empregados, pois evita situações de demissões em massa, quanto para as empresas, que têm a garantia de que não serão acionadas na Justiça posteriormente. A conciliação também tem se mostrado uma solução eficiente para os conflitos trabalhistas nesse período”, explica o juiz Michael Knabben, coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc).

Na conciliação extrajudicial, podem constar, por exemplo, a antecipação de férias dos empregados e a elaboração de um calendário emergencial para o pagamento dos salários.

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