Daily Archive agosto 1, 2018

Corrida pela majoritária estadual inicia oficialmente neste FDS

O fim de semana será movimentado na capital com a convenção de vários partidos. Entre eles, PT, PDT e PSD.

Na ocasião, os partidos, já mencionados acima, vão anunciar oficialmente os candidatos da majoritária, além da divulgação dos nomes dos deputados estaduais e federais e dos senadores.

No sábado, acontecerá a convenção do PT, no Clube América, na Av. Rodrigues Alves, a partir das 10h. O do PDT será no Palácio dos Esportes, em Petrópolis, às 12h.

No domingo será a vez da convenção do PSD, a partir das 9h, no Completo Cultural de Natal, Zona Norte.

Potiguares irão desembolsar pouco mais de R$100 com presentes para Dia dos Pais 2018, aponta IPDC da Fecomécio

O Dia dos Pais marca a abertura do calendário de datas comemorativas que movimentam o comércio brasileiro no segundo semestre. O segundo domingo de agosto (que este ano será no dia 12), estimula vários segmentos do comércio na esteira da busca de presentes para pais, avós, maridos, sogros ou alguém que assuma o papel da figura paterna.

Como forma de levantar dados que possam subsidiar os comerciantes de Natal e de Mossoró, o Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio da Fecomércio RN (IPDC/Fecomércio RN) foi às ruas no período de 10 a 14 de julho (Natal) 16 a 18 de julho (Mossoró) para saber o que os consumidores procuram, quanto pretendem gastar e fatores que podem garantir a venda.

Na capital, foram entrevistadas 652 pessoas das quatro zonas administrativas do município, e delas 57,5% têm a intenção de presentear, o que representa um aumento de 2,2 pontos percentuais (p.p) em relação à pesquisa realizada no ano passado (55,3%). Neste caso, os natalenses irão desembolsar uma média de R$ 105,17 para comprar o presente para o Dia dos Pais, acréscimo de 3,1% em comparação a 2017 (R$ 101,96). A maioria (79,3%) irá comprar apenas um presente.

Entre os 42,3% de consumidores que não irão presentear na data, 52,8% afirmaram que não têm a quem presentear; 22,4% declararam que estão sem dinheiro; 5,5% não têm o costume de dar presentes na data; 5,1% disseram que o pai mora distante; e outros 5,1% estão desempregados.

Os produtos mais procurados pelos consumidores serão: Artigos de Vestuário (54,2%); Perfumaria e Cosméticos (16,9%); Calçados e Acessórios (13%); Eletrônicos e Celulares (5,6%); e Relógios e Joias (1,3%). Os que serão mais presenteados, segundo o levantamento do IPDC da Fecomércio RN, serão os pais, com 80,3% das respostas, seguido dos esposos (19,7%); sogros (4,6%); mães (3,3%); avôs (2,3%).

Para comprar o presente, o local mais procurado serão os shoppings centers, com 48,2% das intenções. As lojas do comércio de rua aparecem com 39% da preferência. Os empresários devem investir em promoções e descontos para garantir a compra, já que estes foram os itens lembrados por 39,1% e 32,1% dos entrevistados, respectivamente. O atendimento oferecido (24,2%); a facilidade na forma de pagamento (6,4%); o sorteio de prêmios (4,8%); e a distribuição de brindes (4,4%) também foram itens citados pelos entrevistados.

A pesquisa do IPDC demostra que, presenteando ou não, 35,2% dos consumidores irão celebrar o Dia dos Pais deste ano. Outros 62,7% disseram que não pretendem fazer nenhuma comemoração especial durante a data. Dentre os consumidores que pretendem celebrar a data este ano, 22,2% informaram que irão comemorar na casa de familiares; outros 11,3% vão a restaurantes; e apenas 1,2% viajarão para algum lugar especial (1,2%).

Aeroporto de Natal é o 2º melhor do país na categoria até 5 milhões de passageiros

O Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, localizado em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, foi considerado o 2º melhor do país na categoria que recebe até 5 milhões de passageiros. A pesquisa foi realizada pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação no segundo trimestre do ano.

Segundo a avaliação dos usuários, o terminal teve nota 4,46 de satisfação geral, numa escala de 1 a 5, empatado com o terminal de Manaus. O primeiro lugar desta categoria ficou para Vitória (4,59). Também estão nesta categoria os aeroportos de Manaus, Goiânia, Maceió, Cuiabá, Belém, Vitória e Florianópolis.

Quando considerados os 20 aeroportos avaliados pela pesquisa, o Aeroporto de Natal divide a 5ª colocação no ranking geral. Dentre os 37 itens avaliados, o aeroporto de Natal obteve notas acima de 4 em 28 deles. A meta estipulada pela Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero) é nota 4.

Dentre os itens melhores avaliados estão: disponibilidade de assentos na sala de embarque (4,60), cordialidade e prestatividade dos funcionários da inspeção de segurança (4,59), facilidade de Desembarque no meio-fio (4,56) e limpeza dos sanitários (4,44).

O terminal potiguar é um dos melhores do país. Foto: Aeroporto de Natal/Instagram

Taxa de desemprego recua 5,3% no segundo trimestre, aponta IBGE

A taxa de brasileiros desempregados encerrou o segundo trimestre do ano, de abril a junho, com 12,4% em todo o País – totalizando 13 milhões de pessoas. O saldo representa um recuo de 5,3%, ou seja, menos 723 mil pessoas desocupadas em relação ao trimestre anterior, quando havia 13,7 milhões.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a pesquisa, o rendimento médio do brasileiro ficou estável em R$ 2.198,00.

Foto: Ilustrativa/Reprodução

EUA crescem 4,1% no segundo trimestre, o melhor resultado em quase 4 anos

A economia dos Estados Unidos teve um rendimento excepcional no segundo trimestre, com uma taxa anualizada de 4,1%, melhor resultado em quase quatro anos.

O ‘boom’ se deveu às exportações de soja antecipando-se à nova tarifa chinesa.

“O ritmo é incrível”, avaliou o presidente, “somos a inveja econômica do mundo”.

Bolsonaro ignora o Brasil real

No primeiro teste de fogo real de Jair Bolsonaro nestas eleições, a aparição diante de jornalistas no programa Roda Viva, da TV Cultura, o eleitor ficou sem saber o que, de fato, planeja para os temas que afetam seu cotidiano o líder das pesquisas, na ausência de Lula. Que ele defende a ditadura e a tortura, odeia a esquerda (e qualquer pauta progressista e pró-direitos humanos) e quer que todos tenham o direito de usar arma de fogo, já se é sabido. É na polêmica, campo onde cresceu e apareceu, que ele brilha para sua plateia de fiéis seguidores, que nesta segunda mais uma vez mostraram sua musculatura e ajudaram a atração a ser a mais recordista de audiência entre todos os presidenciáveis. Mas, quando deixa de ser a caricatura já conhecida da Internet é que o candidato se perde e falha em apresentar propostas para melhorar a educação, a saúde e a economia. Ao que parece, recorrerá, para isso, a uma ampla rede de postos Ipiranga, expressão usada por ele para se referir a seus futuros ministros, caso eleito. Para o longevo legislador (deputado federal desde 1991), as políticas públicas parecem ser seu calcanhar de Aquiles.

Em suas respostas, Bolsonaro demonstra pouco conhecimento do Brasil real. Quando questionado, por exemplo, sobre o que fazer em relação à mortalidade infantil, que voltou a aumentar pela primeira vez desde 1990, creditou a situação ao nascimento de prematuros, algo que, de fato, é um problema, mas que está longe de responder pela complexidade do tema. Dados publicados pela Folha de S.Paulo neste mês apontam o preocupante crescimento de 12%, em um único ano, de mortes de menores de cinco anos por diarreia, doença relacionada com pobreza e falta de saneamento básico. Quando confrontado sobre o impacto das questões sanitárias nesta estatística, o candidato à presidente desconversou. “Tem um mar de problemas, tem a ver com o passado sanitário daquela pessoa, com a alimentação da mãe, um montão de coisas. Muita gestante não dá bola para sua saúde bucal ou não faz os exames do seu sistema urinário com frequência. Certos problemas advém disso e a possibilidade de prematuros aumenta assustadoramente”, respondeu.

O militar reformado também defendeu propor ao Congresso a redução da porcentagem das cotas para negros nas universidades, ignorando análises que mostram como tais ações afirmativas são positivas para o país e negando que o Brasil tenha uma dívida com a população afrodescendente por conta da escravidão, raiz da desigualdade —”Que dívida? Eu nunca escravizei ninguém. Se for ver a história realmente, o português nem pisada na África, os próprios negros é que entregavam os escravos”. E afirmou que pretende investir com mais força no ensino fundamental, o mais coberto justamente por uma obrigatoriedade constitucional, quando os principais gargalos do país são os ensinos infantil (enorme falta de creches) e o médio, um limbo geralmente esquecido pelos Estados. Para a área da ciência e da tecnologia, seu posto Ipiranga seria o polêmico astronauta Marcos Pontes, criticado por passar ainda jovem para a reserva militar apenas dois anos depois de o país investir 10 milhões de dólares em sua ida à lua —foi atuar na iniciativa privada e fez até propaganda de travesseiros potencializados com a “tecnologia da Nasa”.

Na economia, mais ausência de respostas. O desemprego no campo, para ele, por exemplo, é culpa do avanço tecnológico, que extinguiu postos de trabalho. E, para ele, quem perdeu o emprego precisa se capacitar para exercer outra profissão, como se as opções fossem abundantes no interior do país.

Nestes próximos dois meses que antecedem a eleição, a campanha que levará à escolha do próximo presidente ruma, espera-se, para além da histeria das redes sociais e ganha também a vida real. É agora, quando os candidatos passam a poder falar como candidatos, que os eleitores começam a prestar atenção. E a escolha é pragmática, se baseia em como a própria vida pode mudar para melhor, afirmam os cientistas políticos. A maioria da população, aquela que ganha até dois salários mínimos, que sente mais os efeitos de uma economia em recessão e do desemprego, que depende de uma saúde pública de péssima qualidade e que têm acesso a uma educação sofrível é justamente o quinhão da população que menos confia em Bolsonaro, mesmo sem Lula nas pesquisas. Enquanto entre os que ganham até 10 salários mínimos a intenção de votos no militar reformado é de 34%, entre os que ganham até 2 salários é de 13%, aponta o último Datafolha, realizado no início do mês passado.

Ao ignorar os temas caros para a maior parte da população, Bolsonaro parece não ter entendido ainda que não concorre mais ao Legislativo, onde a polêmica rende votos. Quando encarado como candidato sério, não parece ter qualquer proposta concreta. Resta saber se ele conseguirá se manter na liderança com uma campanha baseada apenas em raiva e ódio. Pode ser que este seu discurso batido funcione e seja suficiente para levá-lo, ao menos, para o segundo turno, em uma eleição fragmentada e sem candidatos fortes e onde as previsões de analistas políticos parecem não alcançar a realidade. Mas é possível também que ele pare de crescer. Porque os problemas do Brasil real não se resolvem num posto de gasolina. E quem acorda cedo para enfrentar esta realidade sabe disso.

Por Talita Bedinelli para El País BR

Imagem: Reprodução/RodaViva
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