O presidente Michel Temer disse hoje (13) que as acusações de corrupção envolvendo políticos não podem paralisar o Brasil e afirmou que, contra essa tendência, o governo seguirá trabalhando “com os mesmos critérios” até o fim do seu mandato para combater a recessão e promover o crescimento econômico. Em um discurso no qual comemorou a aprovação da proposta que estabelece um teto para os gastos públicos, Temer comentou o pedido feito ontem ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que acelerasse a coleta dos depoimentos e homologasse eventuais delações de executivos da construtora Odebrecht, no âmbito da Operação Lava Jato.

Admitindo haver conflitos no país e mencionando o requerimento enviado a Janot, Temer disse que as acusações não podem paralisar o país. Ele disse que em contrapartida a essas notícias, o governo vai anunciar novas medidas econômicas, além de já ter enviado propostas de ajuste fiscal ao Congresso.

“Há conflitos, há problemas no país? Há. Não podemos mantê-los indefinidamente. Não foi sem razão que ainda ontem pedi que as coisas todas muitas vezes acusatórias venham logo à luz. Vindo logo, quem for acusado poderá defender-se, explicar-se, que seja. Esta é a primeira fase da chamada acusação. A acusação é um longo processo, onde há defesa, isso e aquilo. Então não podemos deixar que isso paralise o país, e não permitiremos que isso aconteça. Pode acontecer, pode vir a notícia que vier, o país não ficará paralisado”, afirmou.