A Justiça Federal por meio da decisão do juiz Francisco Eduardo Guimarães, titular da 14 Vara Federal no Rio Grande do Norte, homologou a delação premiada de Carlos Frederico Queiroz, réu na Operação Manus, que investiga suposto pagamento de propina na obra do estádio Arena das Dunas, em Natal.
           
Foram anexados aos autos novas provas e informações constantes na delação, por isso, os prazos para as defesas foram reabertos. Os advogados dos réus terão 10 dias para suas manifestações.
            
São réus no processo: Eduardo Cosentino da Cunha, Henrique Eduardo Lyra Alves, José Adelmário Pinheiro Filho, Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis, Carlos Frederico Queiroz Batista da Silva e Arturo Silveira Dias de Arruda Câmara
 
A acusação traz três núcleos do suposto esquema criminoso: o político, operado por Eduardo Cunha e Henrique Alves; o econômico, por José Adelmário Pinheiro Filho (Léo Pinheiro) e Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis, e o financeiro por Carlos Frederico Queiroz Batista Silva e Arturo Dias de Arruda Câmara.
 
No caso do núcleo político, a peça inaugural relata que os referidos acusados, entre os anos de 2012 e 2015, teriam solicitado e aceitado propinas no valor de até R$ 11.500.000,00, de forma oculta e disfarçada, por meio de supostas doações feitas ao Diretório Nacional do PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), legenda da qual os acusados agiram dentro e fora do período eleitoral para favorecer empreiteiras e empresas do núcleo econômico da organização criminosa.