Um atentado levou pânico a sede do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) na manhã desta sexta-feira, 24 de março. O servidor Guilherme Wanderley Lopes da Silva, de 44 anos, fez vários disparos que atingiram o procurador-geral adjunto de Justiça do estado Jovino Pereira Sobrinho e o promotor público Wendell Beetoven Ribeiro Agra.

Guilherme conseguiu entrar na sala de reunião, onde aconteceu o fato, justificando uma entrega urgente de um documento para o procurador Rivaldo Reis. Ao entrar na sala respondeu a Rivaldo que “A vingança vem a galope”. Em seguida, sacou a arma, apontou para Rinaldo e puxou o gatilho. Depois, fugiu correndo até chegar ao estacionamento e pegar o carro. Pelo menos cinco tiros foram ouvidos, mas não houve novos feridos.

O atirador deixou uma carta digitada e impressa na mesa da reunião. Na carta, ele faz referência a atos administrativos da atual gestão do Ministério Público. Os servidores não correm risco de morte.

Rinaldo Reis (ao centro) disse como Guilherme Lopes cometeu atentado no MP (Foto: Cláudia Angélica/InterTV Cabugi)

Alvo era Rinaldo Reis

O procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis, em entrevista coletiva, detalhou que era o alvo do atentado. Contudo, o suspeito errou o tiro. 

Feridos
O procurador adjunto, que foi atingido duas vezes no abdômen, foi levado para o Pronto-Socorro Clóvis Sarinho. Já o promotor Wendell Beetoven, que foi baleado nas costas, recebeu os primeiros atendimentos ainda no local, mas também já foi levado para o hospital.

Sindicato se posiciona

Em nota, o Sindicato dos Servidores do Ministério Público do Rio Grande do Norte (Sindsemp-RN) repudia, lamenta e solidariza com o episódio ocorrido. Além de ressaltar que os “culpados sejam devidamente punidos”.

Guilherme Lopes

É concursado, servidor efetivo e ainda exerce cargo comissionado no Ministério Púbico. O servidor não tem processo disciplinar, nunca foi afastado das funções e não há registro de qualquer afastamento por problema psíquico.

Demissão

Além de ser investigado criminalmente pelos atentados, Guilherme Lopes também vai responder administrativamente no MP

Foto de Guilherme que é procurado pela polícia (Foto: MP/Divulgação)