Se você tem um iPhone, provavelmente já passou por uma experiência ruim ao atualizar o iOS: o celular, que até então funcionava superbem, fica lento e engasgando. Durante anos, isso alimentou teorias conspiratórias de que a Apple agia de forma proposital, para estimular as pessoas a comprarem iPhones novos. Até que, em dezembro de 2017, descobriu-se que, sim, era intencional: o iOS 11 reduzia a velocidade do processador de certos iPhones. A Apple se justificou alegando que, se ela não fizesse isso, os smartphones poderiam desligar ou reiniciar sozinhos em situações de uso intenso, pois suas baterias já estavam desgastadas e não conseguiam mais fornecer a corrente necessária. Para se redimir, a empresa abaixou o preço das baterias novas, e distribuiu uma atualização permitindo que os usuários reabilitem a velocidade total. Mas o caso, que ficou conhecido como batterygate, arranhou a imagem da Apple.

O primeiro destaque do iOS foi a otimização do desempenho, e, segundo Craig Federighi, vice-presidente da Apple, os principais beneficiados serão os donos de aparelhos antigos. Em um iPhone 6s Plus, por exemplo, a companhia informou que os apps vão abrir 40% mais rápido, o teclado vai carregar 50% mais rápido, e abrir a câmera será até 70% mais rápido. Nada mal se a empresa entregar isso mesmo.

O “milagre” de acelerar a abertura de apps em aparelhos antigos tem relação com um processo de otimização do processador que vai entender quando ele deve usar mais poder de fogo para determinadas atividades.

Outras coisas pontuais

– o iOS ganhou a função Do Not Disturb (não perturbe), que silencia automaticamente as notificações do iPhone enquanto você dorme e também pode ser acionada manualmente – durante uma reunião, por exemplo.

– no novo sistema, você poderá criar o seu próprio animoji, baseado no seu rosto.

– o aplicativo FaceTime agora permite fazer chats em grupo, com até 32 pessoas.

– a Apple fez uma demonstração de realidade aumentada com Lego: você coloca algumas pecinhas sobre a mesa e o iOS projeta um cenário virtual e interativo, com casas, prédios e bonecos feitos de Lego.

– o watchOS, sistema operacional do Apple Watch, agora detecta automaticamente quando você se exercita (não é preciso iniciar manualmente o registro do exercício). É algo que o app Google Fit faz no Android, e facilita bem as coisas.

– o Apple TV passa a ser compatível com as tecnologias Dolby Atmos (de som surround) e Dolby Vision (que aumenta o contraste da imagem).

– a nova versão do macOS se chama Mojave, e tem como destaques a função Dark Mode, que escurece o Dock e as janelas (para cansar menos os olhos), e o Desktop Stacks, que organiza os ícones da área de trabalho.

– ainda não rolou a aguardada migração do macOS para a arquitetura ARM. (A Microsoft já portou o Windows para essa arquitetura, que promete revolucionar os notebooks.). A Apple disse que o iOS e o macOS continuarão existindo separadamente, mas o macOS poderá rodar apps do outro sistema no futuro.

 

Com informações do Super Interessante e Gizmodo BR