Os negócios na Bovespa foram suspensos após queda de 10% do índice à vista, quando o indicador marcava 60.470 pontos, em reação à nova crise política envolvendo o presidente Michel Temer e o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves, que já foi afastado do cargo de senador pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A queda acentuada ativou o circuit breaker, mecanismo utilizado pela Bovespa que permite, na ocorrência de movimentos bruscos de mercado, o amortecimento e o rebalanceamento das ordens de compra e de venda. Esse instrumento constitui-se em uma “proteção” à volatilidade excessiva em momentos atípicos de mercado. Até hoje, o mecanismo foi acionado em 16 ocasiões e a paralisação de hoje é a 17ª. Em 1997, em meio a crise da Ásia, os negócios foram interrompidos em 7 e 12 de novembro. Um ano depois, 1998, na crise da Rússia, foram cinco interrupção das operações por baixa de 10%, sendo que no dia 10 de setembro o mecanismo foi acionado duas vezes. Outras três paralisações do pregão foram em 21 de agosto e 4 e 17 de setembro.

Depois, novas interrupções ocorreram na crise cambial brasileira, em 1999, quando em 13 e 14 de janeiro o circuit breaker voltou a ser acionado.