Em sua mensagem de Natal neste sábado (25), o papa Francisco lamentou a crescente polarização nas relações pessoais e entre líderes internacionais. Ele ainda afirmou que apenas o diálogo pode resolver conflitos, que vão desde rixas familiares até ameaças de guerra. Na tradicional mensagem “Urbi et Orbi“, ele exortou indivíduos e líderes mundiais a conversarem, já que o distanciamento tem se agravado com a pandemia da Covid-19.
“A nossa capacidade de relacionamento social está sendo duramente testada. Há uma tendência crescente de nos afastarmos, de fazermos tudo por nós mesmos, de deixar de se esforçar para encontrar os outros e fazer coisas juntos”, disse o papa, da varanda central da Basílica de São Pedro.
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Francisco listou conflitos, tensões e crises na Síria, no Iêmen, em Israel, em Territórios Palestinos, no Afeganistão, em Mianmar, na Ucrânia, no Sudão, Sudão do Sul e outros lugares. Além disso, ele destacou que esses conflitos “parecem nunca ter fim” e que, a essa altura, “mal os notamos”. “Estamos tão acostumados com eles, que imensas tragédias passam agora em silêncio. Corremos o risco de não ouvir o grito de dor e angústia de tantos de nossos irmãos e irmãs “, disse.
O pontífice pediu a Deus que “dê serenidade e unidade às famílias”, elogiando aqueles que se esforçam para mantê-las e as comunidades unidas em tempos de tanta divisão. “Peçamos-lhe força para estar aberto ao diálogo. Neste dia festivo, imploramos-lhe que desperte no coração de todos o desejo de reconciliação e de fraternidade”, afirmou. Além disso, o pontífice pediu que as pessoas não sejam indiferentes à situação dos migrantes, refugiados, deslocados, presos políticos e mulheres vítimas de violência. Ele ainda pediu aos líderes que protejam o meio ambiente para as gerações futuras.