Os bancos de leite humano do Rio Grande do Norte registram baixos estoques e fazem um apelo às mamães que estão amamentando e têm condições de fazer a doação do leite materno, essencial para a recuperação de bebês prematuros.

A Maternidade Escola Januário Cicco, Banco de Leite Humano do Mossoró e Banco de Leite Humano do Hospital Central Coronel Pedro Germano (Hospital da PM) são os que registram menores estoques.

Embora em alguns bancos os estoques estejam normais e até com registro de aumento de doações, o total não é suficiente para atender a rede de bancos de leite do estado.

No Rio Grande do Norte há seis bancos de leite e quatro postos de coleta, todos com profissionais capacitados para receber as mães doadoras com total segurança sanitária, tirar todas as dúvidas e orientar quanto à forma correta de posicionar o bebê na amamentação e procedimento correto para coletar o leite doado. “Nosso trabalho não se resume à busca por doações, nós também somos um local de apoio onde qualquer mãe que esteja amamentando será bem acolhida e orientada”, disse ela.

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Leite Humano é essencial para prematuros

A coordenadora do banco de leite do HJPB, a enfermeira Simone Dutra, explica que, mesmo com a pandemia, as doações foram mantidas graças à solidariedade das mães e ao trabalho da equipe. “Aqui a média mensal de leite humano coletado é 74 L. Não temos dificuldade de captar doadoras, mesmo com a pandemia da Covid-19. Semanalmente fazemos o levantamento de todas as mães que receberam alta nos últimos sete dias e ligamos para fazer um acompanhamento do aleitamento pós-alta hospitalar e para sugerir a possibilidade de que a mãe possa se tonar doadoras”, explicou Dutra.

Na Maternidade Escola Januário Cicco, a coordenadora do banco de leite, Ana Zélia Pristo, explica que o esforço é constante para que não haja falta de leite. “Diante da pandemia vivida esse ano, no início as pessoas ficaram receosas, mas depois fomos esclarecendo que tudo é feito com todo o rigor técnico dos protocolos, que foram incrementados para dar maior segurança às doadoras. Foi um desafio que conseguimos enfrentar”, completou Ana.