A informação é do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que atualizou as projeções dos impactos da pandemia de coronavírus nas finanças do RN.
De acordo com o boletim extraordinário elaborado pela equipe ténica da Corte, a queda nas receitas próprias estaduais até outubro foi de R$ 457 milhões, “mas o déficit foi compensado por transferências realizadas pelo Governo Federal”, indica.
O novo boletim atualiza as informações do primeiro, em que houve constatação da diminuição de R$ 112,5 milhões no déficit das receitas, que até agosto eram de R$ 570 milhões e passaram para R$ 457 milhões.
“Ao mesmo tempo, as transferências federais, realizadas para o auxílio financeiro aos Estados durante a pandemia, aumentaram de R$ 495 milhões para R$ 896 milhões”, informa o TCE.
Segue mais da projeção
– Até outubro, constatou-se um acréscimo nas receitas estaduais de 5,73%. Também colaborou para o aumento o montante de recursos investidos em saúde pelo Governo Federal, que foi R$ 158,8 milhões maior do que o investido no ano passado. Os dados fazem parte do trabalho de acompanhamento concomitante dos efeitos da pandemia, realizado pela equipe da Diretoria de Administração Direta.
E mais
Sobre possíveis cenários para a evolução das receitas até o fim do ano, considerando o comportamento das receitas após a retomada gradual da atividade econômica, os auditores desenharam três cenários possíveis: otimista, moderado e pessimista. “A tendência é que o comportamento das finanças se situe entre o cenário otimista e moderado”.
Na perspectiva otimista:
A receita nos meses de novembro e de dezembro segue a tendência de crescimento após a abertura da economia, especialmente no patamar dos resultados de agosto a outubro, o que implicaria num aumento na receita arrecadada de 3,8%, ou cerca de R$ 543 milhões em relação a 2019.
Na moderada:
A arrecadação da receita nos meses de novembro e dezembro se mantém no patamar do exercício de 2019, levando o RN a um acréscimo de 1,47%, ou aproximadamente R$ 210 milhões, em suas receitas.
Na pessimista:
O aumento da disseminação do coronavírus e o fim do auxílio emergencial, com novas medidas restritivas, mais brandas que as do primeiro semestre, implementadas em meados do mês de dezembro. Nesse caso, a receita voltaria ao patamar dos meses de junho e julho, nos quais a restrição à circulação não era muito severa, contudo era significativa, de modo que a queda na receita em relação a 2019 chegaria próxima aos R$ 176 milhões, com um recuo de 1,22%.
Por Eliana Lima, no BZN Notícias