A taxa de desemprego no Brasil subiu para 14,4% no trimestre encerrado em agosto, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (300, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o maior nível já registrado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que teve início em 2012.
Em igual período de 2019, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,8%. No trimestre até julho de 2020, a taxa de desocupação estava em 13,8%.
O número de desempregados atingiu 13,8 milhões, aumento de 8,5% frente ao trimestre anterior, o que significa que havia mais 1,1 milhão de pessoas à procura de emprego em relação ao trimestre encerrado em maio.
De acordo com a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, o aumento na taxa de desemprego é um reflexo da flexibilização das medidas de isolamento social para controle da pandemia de covid-19. “Esse aumento da taxa está relacionado ao crescimento do número de pessoas que estavam procurando trabalho. No meio do ano, havia um isolamento maior, com maiores restrições no comércio, e muitas pessoas tinham parado de procurar trabalho por causa desse contexto. Agora, a gente percebe um maior movimento no mercado de trabalho em relação ao trimestre móvel encerrado em maio”, diz.
O número de pessoas ocupadas no país caiu 5% na comparação com o trimestre encerrado em maio, totalizando 81,7 milhões. Com a retração de 4,3 milhões de pessoas, esse é o menor contingente já registrado na série da pesquisa. Quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior, a queda é de 12,8%, o que representa 12 milhões de pessoas a menos no mercado de trabalho.
Do Estadão