Ministro das Comunicações do Governo Bolsonaro, o potiguar Fábio Faria admitiu, por meio da sua conta do Instagram, preocupação com o fim das operações da Petrobras no Rio Grande do Norte. Ele se disse “insatisfeito” com a decisão da estatal petrolífera e culpou a governadora Fatima Bezerra por não ter capacidade administrativa nem se “esforçar” para atrair e manter empresas no Estado.
“Preocupante o anúncio do fim das operações da Petrobras no RN, mas é preciso considerar a estratégia da companhia de otimizar seu portfólio e aprimorar a alocação de seu capital”, declarou o ministro.
“Satisfeito nenhum potiguar fica. Vamos escutar o que a empresa tem a falar e que prevaleça o melhor para o Estado”, ponderou.
Fábio Faria considerou “lamentável que esse grito de indignação da Governadora não tenha acontecido quando operaram o maior escândalo de corrupção do mundo dentro de uma empresa”. O ministro das comunicações reforçou nunca ter sido procurado pela governadora, “nem como parlamentar, nem como ministro, para tratar do tema. Infelizmente, a governadora se trancou em seu próprio lockdown”.
O integrante do primeiro escalão de Bolsonaro comentou ainda que, em outros tempos, a Petrobras já cogitou encerrar as atividades no RN, mas foi convencida pelos governantes de que valia a pena investir no território potiguar. “Na gestão da atual governadora, grandes empresas já deixaram ou ameaçam abandonar o Estado devido à sua incapacidade administrativa, como a Inframérica, que desistiu do Aeroporto de São Gonçalo”.
Assumindo a linha de defesa do Governo Federal, Fabio Faria destacou que, “neste governo liberal, a Petrobras é uma empresa totalmente independente, não está à mercê de interesses de terceiros, não virou puxadinho e nem foi loteada entre grupos políticos. As decisões de investimentos são técnicas e visam a viabilidade econômica”.