No primeiro turno, 107 milhões de brasileiros votaram em algum candidato — nulos e brancos não entram na conta, porque são desconsiderados no cálculo final.
Se a mesma quantidade escolher um dos dois no domingo, o vencedor precisará de 53,5 milhões de votos para ser eleito.
Para Bolsonaro, significa receber mais 4,3 milhões em relação ao que conseguiu no primeiro turno. Para Haddad, 22,2 milhões.
Mesmo se o petista conquistasse todos os indecisos — 3,1 milhões, segundo a pesquisa Ibope de ontem, mantida a abstenção do primeiro turno —, seria insuficiente para virar.
Ele precisaria também tirar votos que hoje são declaradamente de Bolsonaro.
Apesar do aumento de 41% para 43% das intenções de voto em Haddad, na comparação com a pesquisa divulgada na semana passada, a missão é difícil, acredita o analista político Murillo de Aragão, da Arko Advice. “Já se admite que possa haver uma subida nos últimos dias.
Mas mesmo se, no esforço final, ele conseguir avançar para 45% ou 46%, ainda é improvável que chegue a 50% mais um e ganhe”, avalia.
A chance é “muito baixa”, segundo ele, porque as pesquisas mostram um nível de aderência maior a favor de Bolsonaro: 37% dos entrevistados dizem que votam no capitão reformado “com certeza”, contra 31% entre os eleitores do professor.
Deu no Correio Braziliense