Na hora de se informar para escolher o novo presidente do país, os brasileiros preferem os meios tradicionais. Em pesquisa realizada pela Ipsos, 48% dos entrevistados consideram que os debates na TV trazem informações mais importantes do que os demais meios. Proporção parecida dos entrevistados (47%)  escolheu a propaganda eleitoral na TV como meio mais importante na hora de decidir em quem votar para presidente. A opinião de amigos e familiares ficou em terceiro lugar com 23% da preferência.

Grande aposta dos candidatos com pouco tempo de propaganda gratuita, os meios digitais apareceram depois da TV. Notícias de portais e comentários nas redes sociais tiveram a preferência de 14% dos entrevistados seguidos por propaganda eleitoral no rádio (9%), comentários nos aplicativos de mensagens instantâneas (5%) e vídeos no Youtube (4%). Os entrevistados puderam escolher até três opções.

“Apesar da riqueza de informações da internet, o principal canal de informação para a decisão de voto continua sendo a TV, tanto pela importância dos debates quanto pela propaganda eleitoral. Mas existe uma diferença na influência declarada dos meios entre os diversos recortes demográficos. Quanto maior a escolaridade, menor o peso da propaganda eleitoral na TV e maior o peso dos debates como influenciador. Para esse público, as notícias de portais de internet ganham mais força”, comenta Danilo Cersosimo, diretor de Opinião Pública na Ipsos.

Os canais diretos com os candidatos não são uma escolha da maioria dos eleitores. “A proporção dos que seguem algum candidato nas redes sociais é pequena (12%). Entre os que não seguiam na ocasião da pesquisa (82%), apenas 5% pretendiam passar a seguir algum candidato até as eleições, um indicativo de baixo engajamento, considerando a proximidade do pleito”, afirma Cersosimo.

Os debates e a propaganda eleitoral que são exibidos na TV são, declaradamente, os meios de maior influência com 52% e 36% das menções, respectivamente. São também os de maior audiência. “Isso aponta para uma relativização do poder da internet nas eleições, já que os muitos ainda associam as informações para a decisão de voto à televisão”, conclui o executivo.

A Ipsos entrevistou 1.200 pessoas em 72 cidades das cinco regiões do país de 1º a 11 de agosto. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.