O capitão da Polícia Militar, Styvenson Valentim, confirmou na sexta-feira, 6, que é pré-candidato ao Senado Federal. Ainda não tem legenda partidária, mas estuda propostas de seis partidos políticos.
Em entrevista para a rádio 96 FM, Styvenson Valentim revelou que assinou a desincompatibilização de função de comandante da 1ª Companhia do 9°Batalhão da Polícia Militar, na zona Oeste de Natal. “Não sou mais o comandante. Eu vou pensar nas propostas dos partidos até o dia 20 [data limite para filiação partidária], mas já posso dizer que sou pré-candidato”, resumiu.
Apesar de iniciante no universo político, Styvenson já percebe que a sua candidatura causou incômodo. “Eu percebo que eles [políticos tradicionais do Rio Grande do Norte] sentem medo. Eu não me preocupo com a Ideia que vão me atacar. Minha vida é pública e transparente”, rechaçou.
Ele também se diz preparado para lidar com políticos “oportunistas”. Alerta que será rígido com possíveis propostas indecorosas. “Não tenho dinheiro para dar a ninguém. Se entrar na política, eu espero que alguém me faça alguma proposta [de receber dinheiro ilícito], para ver se ela tem coragem. Dou voz de prisão e ainda leva umas tapas. É preciso acabar com estas situações”, detalhou.
Ele lamenta que ao deixar função de comandante também de ser ausentar da ação desenvolvida na Escola Estadual Maria Ilka de Moura, no bairro do Bom Pastor, zona Oeste de Natal. O capitão adotou a unidade de ensino. Os policiais militares realizaram atividades de segurança e de cidadania. O sucesso da empreitada, que elevou o número de matrículas e a redução dos índices de violência na região, resultou num convite para uma palestra em um fórum de segurança pública na Universidade de Oxford, na Inglaterra, em setembro deste ano. “Não dá para falar de segurança sem falar educação pública. A educação é a base para a cidadania. Prometi que não vou esquecer a escola e sempre vou ajudá-los”, finalizou.