O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, deu posse nesta sexta-feira (2), a Rogério Galloro como diretor-geral do Departamento da Polícia Federal, que agora está sob o comando do Ministério
Extraordinário da Segurança Pública. Jungmann assumiu o cargo nesta semana e o seu primeiro ato foi demitir Fernando Segovia para dar o posto a Galloro. 
 
Ao assumir, Galloro destacou que a nova pasta será uma aliada no combate ao crime organizado e afirmou que a Operação Lava Jato "continua forte". "As conquistas dos últimos anos são marcantes na PF e 
são indeléveis", disse. "Não haveria sentido adotar postura diversa. A Lava Jato continua forte", completou.

Galloro classificou o ex-diretor Leandro Daiello "como amigo desde o primeiro dia na Polícia Federal" e lembrou que esteve com ele durante o tempo que Daiello dirigiu a corporação. 
"Fiz parte de toda a gestão de Leandro Daiello, estive em momentos difíceis e em momentos de conquistas", declarou.

O novo diretor-geral disse ainda que "quem chega tem pouco a dizer, precisa apenas a ouvir e aprender" e que tentará trabalhar para que a corporação continue a fazer um bom trabalho 
"O crime não é e não será mais forte que o Estado brasileiro. O crime não vencerá", disse. 
Galloro convidou para formar a cúpula da instituição delegados que são especialistas no combate ao crime organizado. A expectativa na corporação é de que, com o novo comando, a PF consiga ser a protagonista
na atuação contra as organizações criminosas ligadas ao narcotráfico e a desvios de dinheiro público dentro da nova formatação do Ministério
Extraordinário da Segurança Pública.

Nos dois discursos - o de despedida de Segovia e o de chegada de Galloro - o presidente Michel Temer foi citado. Segovia começou o discurso
lembrando Temer e agradecendo o fato de ele ter lhe "dado a honra de ter comandado a corporação". "Será algo que levarei por toda a minha vida,
essa experiência intensa", disse. Já Galloro deixou o agradecimento para Temer para o fim de sua fala. 
Segovia, que foi demitido nesta semana pouco mais de três meses depois de assumir o cargo, agradeceu ao ministro Torquato Jardim Disse que,
diferentemente do que se publicava, eles sempre tiveram convívio de muito respeito. A Jungmann, fez um agradecimento e um alerta, dizendo
que ele terá "um desafio árduo".
Segovia disse ainda que é preciso haver "maturidade" e "profissionalismo" para dar continuidade ao trabalho de "mudar e aperfeiçoar a gestão e fortalecer a Polícia Federal". "As pessoas
passam, a instituição permanece", afirmou.
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O ex-diretor geral também citou a Lava Jato. Disse que a PF continua forte e independente e que a operação é um exemplo disso. Agradeceu aos
comandantes militares que "sempre apoiaram a Polícia Federal". 
Ao agradecer a família, Segovia - que passará a ser adido em Roma, citou o imperador romano Julio Cesar e finalizou sua fala declarando: "vim,
vi e venci".
O ministro da Justiça, Torquato Jardim, que tentou emplacar Galloro no cargo, mas teve que aceitar a nomeação de Segovia - patrocinada por uma
ala política do governo - fez um discurso breve no qual destacou que agora há uma "nova perspectiva de gerência constitucional", já que os
Ministérios da Justiça e da Segurança "vão coabitar sob o mesmo teto". Torquato agradeceu a Segovia pelo trabalho e deu boas-vindas a Galloro e
Jungmann.