O uso de uma agulha, linhas e muitas ideias. Pronto. Essa é a combinação perfeita para dar forma a objetos utilitários e artigos para vestir e decorar. A arte é antiga e se apresenta pelo nome de crochê, uma tipologia que tem atraído muitas artesãs potiguares e, principalmente, conquistado consumidores conscientes que não abrem mão do bom gosto e da exclusividade. Com o trançado, elas criam peças originais, que vão desde uma bolsa descolada a até cestinhas para animais de estimação. Tudo feito com muito talento e criatividade.
Os puffs são a obra artística da artesã Priscila Miranda, que iniciou as atividades há sete meses. “Faço questão de montar cada peça para meus clientes, desenhar cada trama e elaborar cada detalhe. Sou apaixonada pelo crochê. É uma terapia e gratificante ver o resultado de cada trabalho, personalizado para cada cliente”, conta Priscila Miranda.
A jornalista Sheyla Azevedo também é uma dessas que têm o talento para trançar o crochê. Desde os sete anos de idade aprendeu a fazer crochê, mas somente há pouco mais de um ano a arte virou sinônimo de empreendedorismo.
“Vi no crochê uma forma de criar, de ser criativa. Ele me ajudou a encarar os vazios profissionais que estava passando”. Ela descobriu um movimento mundial de se trabalhar com o fio de malha, que é um resíduo da indústria têxtil e, por isso, carrega consigo o conceito de sustentabilidade, de menos degradação ao meio ambiente e menos emissões de carbono. E assim são produzidos bolsas, tapetes, pochetes, vasos, cachecóis e colares”.
Também a mesma habilidade, a artesã Silvia Dias aprendeu a fazer o crochê com a mãe quando tinha por volta de cinco anos em Portugal e profissionalmente começou fazendo peças para enxoval. Somente ao chegar ao Brasil, sua arte foi ganhando identidade e a artesã adotou o caju como ícone do seu trabalho. “O que ainda me encanta no crochê é que, com um novelo de linha e uma agulha, conseguimos fazer peças incríveis e de várias formas. Me dá orgulho pegar uma peça e dizer: olha no que se transformou!”.
A artesã Rosa Márcia também encara o crochê como uma arte que gera renda. Há sete anos, ela produz e vende, com o apoio do Sebrae, artigos para decoração, como tapetes, puffs, sousplats, cestos, cactus, chaveiros, vasinhos, terrários e pesos de porta.
Todas as empreendedoras mencionadas produzem e vendem seus produtos, com o apoio do Sebrae local.