Daily Archive março 2, 2018

‘Lava Jato continua forte’, afirma Rogério Galloro ao assumir Polícia Federal

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, deu posse nesta sexta-feira (2), a Rogério Galloro como diretor-geral do Departamento da Polícia Federal, que agora está sob o comando do Ministério
Extraordinário da Segurança Pública. Jungmann assumiu o cargo nesta semana e o seu primeiro ato foi demitir Fernando Segovia para dar o posto a Galloro. 
 
Ao assumir, Galloro destacou que a nova pasta será uma aliada no combate ao crime organizado e afirmou que a Operação Lava Jato "continua forte". "As conquistas dos últimos anos são marcantes na PF e 
são indeléveis", disse. "Não haveria sentido adotar postura diversa. A Lava Jato continua forte", completou.

Galloro classificou o ex-diretor Leandro Daiello "como amigo desde o primeiro dia na Polícia Federal" e lembrou que esteve com ele durante o tempo que Daiello dirigiu a corporação. 
"Fiz parte de toda a gestão de Leandro Daiello, estive em momentos difíceis e em momentos de conquistas", declarou.

O novo diretor-geral disse ainda que "quem chega tem pouco a dizer, precisa apenas a ouvir e aprender" e que tentará trabalhar para que a corporação continue a fazer um bom trabalho 
"O crime não é e não será mais forte que o Estado brasileiro. O crime não vencerá", disse. 
Galloro convidou para formar a cúpula da instituição delegados que são especialistas no combate ao crime organizado. A expectativa na corporação é de que, com o novo comando, a PF consiga ser a protagonista
na atuação contra as organizações criminosas ligadas ao narcotráfico e a desvios de dinheiro público dentro da nova formatação do Ministério
Extraordinário da Segurança Pública.

Nos dois discursos - o de despedida de Segovia e o de chegada de Galloro - o presidente Michel Temer foi citado. Segovia começou o discurso
lembrando Temer e agradecendo o fato de ele ter lhe "dado a honra de ter comandado a corporação". "Será algo que levarei por toda a minha vida,
essa experiência intensa", disse. Já Galloro deixou o agradecimento para Temer para o fim de sua fala. 
Segovia, que foi demitido nesta semana pouco mais de três meses depois de assumir o cargo, agradeceu ao ministro Torquato Jardim Disse que,
diferentemente do que se publicava, eles sempre tiveram convívio de muito respeito. A Jungmann, fez um agradecimento e um alerta, dizendo
que ele terá "um desafio árduo".
Segovia disse ainda que é preciso haver "maturidade" e "profissionalismo" para dar continuidade ao trabalho de "mudar e aperfeiçoar a gestão e fortalecer a Polícia Federal". "As pessoas
passam, a instituição permanece", afirmou.
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O ex-diretor geral também citou a Lava Jato. Disse que a PF continua forte e independente e que a operação é um exemplo disso. Agradeceu aos
comandantes militares que "sempre apoiaram a Polícia Federal". 
Ao agradecer a família, Segovia - que passará a ser adido em Roma, citou o imperador romano Julio Cesar e finalizou sua fala declarando: "vim,
vi e venci".
O ministro da Justiça, Torquato Jardim, que tentou emplacar Galloro no cargo, mas teve que aceitar a nomeação de Segovia - patrocinada por uma
ala política do governo - fez um discurso breve no qual destacou que agora há uma "nova perspectiva de gerência constitucional", já que os
Ministérios da Justiça e da Segurança "vão coabitar sob o mesmo teto". Torquato agradeceu a Segovia pelo trabalho e deu boas-vindas a Galloro e
Jungmann.

Seturn aponta prevaricação da STTU na omissão em repor o equilíbrio econômico do sistema de transportes urbanos

Em carta, ao Conselho Municipal de Mobilidade Urbana de Natal, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município (Seturn) expõe a necessidade do imediato reajuste da tarifa de ônibus de Natal, em função do elevado déficit constatado e para o equilíbrio econômico.

A entidade enquadra a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) em ato de prevaricação em virtude do retardo ou postergação no reajuste da tarifa de ônibus de Natal para custear o déficit operacional do sistema.

O prejuízo operacional equivalente a mais de R$ 1,3 milhão mensalmente. E, ainda é mais agravado pelo acréscimo de custo de outros insumos, como elevação do índice de consumo de peças em função do envelhecimento da frota e despesas com pessoal, que terão seu reajuste salarial ordinariamente em 1° de maio.

O elevado desequilíbrio financeiro é causado principalmente pelos inúmeros reajustes do preço do combustível (óleo diesel S-500 e S-10) e redução do número de passageiros pagantes (equivalente). 

Na última reunião do CMTMU a assessoria técnica apresentou estudos que constaram a elevação média de 8,70% (oito inteiros e sete décimos por cento) ao insumo do combustível, enquanto o passageiro equivalente apresentou uma redução de 4,31% (quatro inteiros e trinta e um centésimos por cento).

Ainda na carta, o Seturn sugere, caso não seja concedido o imediato reajuste ou concessão das isenções fiscais para custear o déficit operacional em caráter emergencial, as seguintes alternativas para reequilibrar o serviço de transporte: 

  1. Encerramento do serviço de transporte noturno, reduzindo a oferta dos serviços de transporte público regular municipal das 06h às 22h;
  1. Funcionamento exclusivo do sistema de transporte complementar (alternativo) nos domingos e feriados, em função do seu menor custo operacional; 
  1. Cobrança de complementação tarifaria para a utilização da integração temporal cm pelo menos 50% (cinquenta por cento) do valor da tarifa exigível do usuário; e 
  1. Desoneração tributária do setor de transportes com isenção total do ISS e ICMS incidente sobre o óleo diesel consumido pelas empresas do setor.

“Em função da definição do valor de reajuste salarial dos rodoviários, as negociações com os empregados estão em estágio adiantado de negociações, mas somente com uma definição do Município de Natal quanto ao reajuste das tarifas será possível chegar a um termo final”, explica Nilson Queiroga, consultor técnico do Seturn, acrescentando que espera-se que o Município e o Estado também possam contribuir com o barateamento das tarifas públicas com a adoção de medidas paliativas para o equilíbrio econômico do sistema de transportes urbanos. “Como fez o Governo Federal com a desoneração do setor, pois desde janeiro de 2013 há redução dos encargos sobre a folha de pagamento de salários”, citou.

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