O ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Claudio Melo Filho citou em delação recursos repassados a peemedebistas, como o presidente Michel Temer, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o secretário do Programa de Parcerias de Investimento, Moreira Franco, o líder no Senado, Eunício Oliveira (CE), o presidente da Casa, Renan Calheiros (AL), e o líder do governo no Congresso, Romero Jucá (RR), afirmou a TV Globo.
Durante o Jornal Nacional desta sexta-feira, a emissora informou que o ex-executivo da empreiteira disse que os recursos foram repassados em troca de vantagens para a Odebrecht, como o atendimento a pleitos da companhia no Congresso Nacional.
A emissora citou que Melo Filho falou de repasses feitos a pedido de Temer, o que já havia sido relatado mais cedo também pela revista Veja. O delator disse que a demanda por recursos feita pelos peemedebistas aumentava em períodos eleitorais e que os repasses eram feitos tanto por doações legais de campanha como por doações via caixa dois.
Segundo a TV Globo, o ex-diretor também citou em sua delação políticos de outros partidos, entre eles o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A emissora disse que o Palácio do Planalto afirmou que os fatos narrados por Melo Filho jamais aconteceram e que todas as doações da Odebrecht foram declaradas à Justiça Eleitoral.
O presidente Michel Temer, por exemplo, pediu 10 milhões de reais ao ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht em 2014 e que esse valor foi pago a pessoas próximas do ex-presidente, como o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o assessor especial da Presidência José Yunes, disse a revista Veja em seu site.
Todos os demais citados negaram à emissora que tenham cometido irregularidades.