Daily Archive outubro 20, 2016

Na 1ª redução em quatro anos, Copom baixa juros para 14% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu baixar os juros básicos da economia de 14,25% para 14% ao ano, um corte de 0,25 ponto percentual. A redução, a primeira da taxa Selic em quatro anos, foi anunciada pelo Banco Central no início da noite desta quarta-feira (19).

O corte dos juros já era esperado pelo mercado. Analistas, porém, estavam divididos quanto à intensidade: redução de 0,25 ou de 0,5 ponto percentual. Economistas avaliam que a decisão pode ajudar a economia brasileira, em crise, a se recuperar.

Em comunicado, o Banco Central informou entender que a convergência da inflação para a meta central de 4,5%, fixada para 2017 e 2018, é compatível com uma política de corte de juros “moderada e gradual”.

“O Comitê avaliará o ritmo e a magnitude da flexibilização monetária ao longo do tempo, de modo a garantir a convergência da inflação para a meta de 4,5%”, diz a nota.

 

Do G1

Natal ocupa a quinta posição no ranking nacional de endividamento

Natal/RN apresentou a maior proporção de famílias endividadas (76%) no período, ocupando a quinta colocação entre todas as capitais do Brasil. A análise contempla dados de 2013 ao primeiro semestre de 2016 com base em informações do Banco Central do Brasil, do IBGE e da CNC.

Em junho deste ano, a média nacional de renda mensal comprometida com dívida foi de 31%.  Natal ficou acima da média nacional com 36%.

Ainda em junho de 2016, cinco capitais da região Nordeste figuraram entre as cinco menores médias mensais de dívida por família: João Pessoa/PB (R$ 612), Maceió/AL (R$ 747), Aracaju/SE (R$ 784), Fortaleza/CE (R$ 992) e São Luís/MA (R$ 1.056). Já Teresina/PI (R$ 1.736), Natal/RN (R$ 1.462), Recife/PE (R$ 1.333) e Salvador/BA (R$ 1.058) apresentaram as maiores médias da região. Vale ressaltar que a média nacional mensal de dívida por família foi de R$ 1.569.

Com relação ao porcentual de famílias com dívidas em atraso, o destaque foi São Luís/MA, que apresentou elevação de 5 pontos porcentuais ao passar de 28% em dezembro de 2015 para 33% em junho de 2016. Outras três capitais nordestinas também apresentaram elevadas taxas de dívidas em atraso, acima da média nacional (23%): Maceió/AL (31%), Recife/PE (31%) e Natal/RN (27%).

Natal está entre as cidades com a população mais endividada. Foto: Reprodução
Natal está entre as cidades com a população mais endividada. Foto: Reprodução

Região Nordeste (Junho de 2016)

1 – Número de famílias endividadas (porcentual)
Natal/RN – 196.496 (76%)
Recife/PE – 354.709 (70%)
João Pessoa/PB – 168.984 (70%)
São Luís/MA – 207.998 (70%)
Aracaju/SE – 129.654 (68%)
Fortaleza/CE – 484.723 (64%)
Maceió/AL – 177.850 (59%)
Teresina/PI – 123.822 (53%)
Salvador/BA – 491.053 (52%)

2 – Parcela da renda mensal comprometida com dívidas
Teresina/PI – 41%
Natal/RN – 36%
Salvador/BA – 31%
São Luís/MA – 29%
Fortaleza/CE – 28%
Maceió/AL – 27%
Recife/PE – 23%
Aracaju/SE – 14%
João Pessoa/PB – 13%

3 – Valor médio de dívida por família
Teresina/PI – R$ 1.736
Natal/RN – R$ 1.462
Recife/PE – R$ 1.333
Salvador/BA – R$ 1.058
São Luís/MA – R$ 1.056
Fortaleza/CE – R$ 992
Aracaju/SE – R$ 784
Maceió/AL – R$ 747
João Pessoa/PB – R$ 612

 

Com informações adaptadas do Fecomércio SP

TJRN aceita denúncia contra prefeito de Mossoró

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) recebeu nesta quarta-feira (19) uma denúncia movida contra o prefeito de Mossoró, Francisco José Lima Silveira Júnior (PSD).

Segundo a denúncia, há um suposto desvio superior a R$ 75 mil, em recursos da Câmara Municipal de Mossoró, quando ainda exercia mandato como vereador no município do Oeste potiguar, além da acusação de que teria praticado a conduta prevista no dispositivo legal 23 vezes.

A denúncia recebida terá o objetivo de apurar se, de fato, os cheques chegaram a ser depositados diretamente na conta do parlamentar, atualmente prefeito. O órgão argumenta que alguns montantes teriam sido depositados em duplicidade.

Francisco Silveira Júnior. Foto: Reprodução
Francisco Silveira Júnior. Foto: Reprodução

Eduardo Cunha é preso indeterminadamente por sentença do Juiz Sérgio Moro

Nesta quarta-feira (19), em Brasília, por decisão do juiz Sérgio Moro, o ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi preso nesta quarta-feira (19). Prisão é por tempo indeterminado e referente a processo por propina.

Cunha foi levado em avião da Polícia Federal (PF) para Curitiba. O despacho que determinou a prisão autorizava a PF a entrar na casa de Cunha.

Cunha é acusado de receber propina de contrato de exploração de Petróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro.

No despacho que determinou a prisão, Moro diz que o poder de Cunha para obstruir a Lava Jato “não se esvaziou”. Ele é responsável pelas ações da operação Lava Jato na 1ª instância.

Após desembarcar, o ex-presidente da Câmara dos Deputados foi levado à carceragem da própria PF, na capital paranaense. Ele está preso em uma cela isolada.

Na avaliação do Ministério Público Federal (MPF), que fez o pedido de prisão, em liberdade, Cunha representa risco à instrução do processo e à ordem pública. Já Moro diz que “Embora a perda do mandato represente provavelmente alguma perda do poder de obstrução, esse não foi totalmente esvaziado, desconhecendo-se até o momento a total extensão das atividades criminais do ex-parlamentar e a sua rede de influência”.

 

Atitudes de Cunha para atrapalhar a Lava Jato, segundo o MPF:
– Requerimentos no TCU e à Câmara sobre a empresa Mitsui para forçar o lobista Julio Camargo a pagar propina;
– Requerimentos contra o grupo Schahin, cujos acionistas se tratavam de inimigos pessoais do ex-deputado e do seu operador, Lucio Bolonha Funaro;
– Convocação pela CPI da Petrobras da advogada Beatriz Catta Preta, que atuou como defensora do lobista Julio Camargo, responsável pelo depoimento que acusou Cunha de ter recebido propina da Petrobras;
– Contratação da KROLL pela CPI da Petrobras para tentar tirar a credibilidade de colaboradores da Operação Lava Jato;
– Pedido de quebra de sigilo de parentes de Alberto Youssef, o primeiro colaborador a delatar Eduardo Cunha;
– Apresentação de projeto de lei que prevê que colaboradores não podem corrigir seus depoimentos, como fez o lobista Julio Camargo, ao delatar Eduardo Cunha (refere-se ao projeto de lei de autoria do deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), um dos membros da tropa de choque que o ex-deputado federal Eduardo Cunha liderava);
– Demissão do servidor de informática da Câmara que forneceu provas que evidenciaram que os requerimentos para pressionar a empresa Mitsui foram elaborados por Cunha, e não pela então deputada “laranja” Solange Almeida;
– Suspeita do recebimento de vantagem indevida por emendas para bancos e empreiteiras;
– Manobras junto a aliados no Conselho de Ética para enterrar o processo que pede a cassação do deputado;
– Ameaças relatadas pelo ex-relator do Conselho de Ética, Fausto Pinato (PRB-SP);
– Relato de oferta de propina a Pinatto, ex-relator do processo de Cunha no Conselho de Ética.

 

Íntegra da nota de Cunha sobre a prisão:
“Trata-se de uma decisão absurda, sem nenhuma motivação e utilizando-se dos argumentos de uma ação cautelar extinta pelo Supremo Tribunal Federal. A referida ação cautelar do Supremo, que pedia minha prisão preventiva, foi extinta e o juiz, nos fundamentos da decretação de prisão, utiliza os fundamentos dessa ação cautelar, bem como de fatos atinentes à outros inquéritos que não estão sob sua jurisdição, não sendo ele juiz competente para deliberar. Meus advogados tomarão as medidas cabíveis para enfrentar essa absurda decisão.”

Eduardo Cunha, em foto de julho de 2015; ex-presidente da Câmara foi preso pela Lava Jato nesta quarta-feira  (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
Eduardo Cunha, em foto de julho de 2015; ex-presidente da Câmara foi preso pela Lava Jato nesta quarta-feira (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
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