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Temer diz ter apoio do Congresso e não vê milhões de pessoas nas ruas pedindo sua saída, segundo IstoÉ

O presidente Michel Temer garantiu, em entrevista à revista IstoÉ divulgada nesta sexta-feira, ter o apoio do Congresso Nacional e disse que sua situação difere da de sua antecessora Dilma Rousseff às vésperas do impeachment, quando “milhões de pessoas” foram às ruas pedindo a saída da presidente.

“No impeachment da ex-presidente havia milhões de pessoas nas ruas. Esse é um ponto importante, não é? Segundo ponto: não havia mais apoio do Congresso Nacional. No meu caso, não. O Congresso está comigo… a situação é completamente diferente”, disse Temer à revista.

“O Congresso continua a legislar. Então vamos ver lá para frente”, disse, ao ser questionado sobre a ameaça de desembarque de aliados, o que poderia afetar sua governabilidade. “Não tenho que me preocupar com o que vai acontecer no futuro. O futuro vai dizer.”

O STF abriu inquérito para investigar se Temer cometeu os crimes de corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa.

Imagem: Reprodução

Rafael Motta é nomeado primeiro secretário da Juventude da história da Câmara dos Deputados

O deputado Rafael Motta (PSB) foi nomeado esta semana pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputado como secretário da Juventude da Casa. O parlamentar é o primeiro deputado a ser designado para o cargo, que é responsável pelas políticas públicas implementadas pela Casa em benefício da juventude brasileira.

A nomeação de Rafael Motta acontece por indicação do PSB. São atribuições da Secretaria Juventude da Câmara, fiscalizar e acompanhar programas do governo federal voltados à juventude; cooperar com organismos nacionais e internacionais, além de implementar programas da Câmara em favor dos jovens do país.

“Estou muito honrado em ter sido escolhido o primeiro Secretário da Juventude da história da Câmara dos Deputados, pois já desempenhei essa função no Rio Grande do Norte e sempre defendi políticas públicas para o nosso jovem. Estarei empenhado para buscar e implementar projetos em prol dos jovens do nosso país. Juventude forte significa um Brasil mais forte”, destacou Rafael Motta.

A Secretária da Juventude da Câmara dos Deputados foi criada em dezembro de 2016, com o objetivo de valorizar a juventude do Brasil.

Imagem: Ilustração

Senado retira prisão de políticos após 2ª instância e aprova fim do foro privilegiado

O Senado aprovou nesta quarta-feira (31) por 69 votos a zero, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com o foro privilegiado nos casos em que as autoridades cometerem crimes comuns, entre os quais roubo, lavagem de dinheiro e corrupção. O texto segue para análise na Câmara dos Deputados.

Se a Câmara mantiver o texto aprovado pelo Senado, a autoridade que cometer o crime comum, portanto, será processada na primeira instância da Justiça.

Para o texto ser aprovado nesta quarta, houve um acordo entre os senadores para retirar da PEC o trecho que previa a prisão de parlamentares após condenação em segunda instância – desde novembro, quando o Supremo decidiu sobre o caso, um réu pode ir para a prisão após condenação na segunda instância da Justiça, antes mesmo do esgotamento de todos os recursos.

Com a decisão do Senado, um parlamentar no exercício do mandato só poderá ser preso, conforme estabelece a Constituição, se flagrado praticando algum crime inafiançável. Mesmo nessa hipótese, cabe à Câmara ou ao Senado decidir sobre a manutenção ou não da prisão.

Há cerca de seis meses, o Supremo Tribunal Federal entendeu ser constitucional a prisão após condenação em segunda instância.

Tramitação
Com a aprovação desta quarta, a análise da PEC foi concluída no Senado (o 1º turno foi aprovado em abril) e o texto seguirá para votação na Câmara. Por se tratar de uma alteração na Constituição, a proposta também terá de ser aprovada em dois turnos para, então, ser promulgada pelo Congresso e entrar em vigor.

Senadores que defendem a PEC têm dito acreditar que a proposta deverá encontrar resistência na Câmara, onde pode ser modificada. Esses parlamentares, contudo, apostam na pressão popular para o projeto ser aprovado também pelos deputados.

G1

Jucá e outros investigados na Lava Jato vão fazer parte do novo Conselho de Ética

Nove entre 30 membros da nova composição do Conselho de Ética do Senado são alvos de ao menos um processo criminal no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a nova formação aprovada nesta terça-feira (30) em plenário veja por parte do PMDB os senadores Eduardo Braga (PMDB-AM), Jader Barbalho (PMDB-PA) e o líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), estarão com a responsabilidade de julgar seus pares no biênio 2017-2019. Apenas Jader responde a sete inquéritos.
 
Os três são alvos da Operação Lava Jato e, como primeira missão, podem julgar se o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) – gravado ao pedir R$ 2 milhões para um dos principais delatores do petrolão, que também o acusou de receber propina de R$ 60 milhões – quebrou o decoro parlamentar. O tucano é o campeão de inquéritos abertos para investigar se ele se beneficiou do esquema de corrupção descoberto pela Polícia Federal na Petrobras: seis procedimentos judiciais. A Rede Sustentabilidade já pediu abertura de processo contra Aécio.
 
Além dos peemedebistas, Acir Gurgacz (PDT-RO), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Eduardo Amorim (PSDB-SE), José Pimentel (PT-CE), Telmário Mota (PTB-RR), Wellington Fagundes (PR-MT) também respondem a um ou mais inquéritos no Supremo. Nenhum desses seis está sob investigação no petrolão. Ainda falta a indicação de três nomes para vagas de titulares e sete para vagas de suplentes. Veja abaixo o que pesa sobre cada um deles e as respostas encaminhadas ao Congresso em Foco.
 
Mesmo com a divulgação da lista do ministro Edson Fachin, relator na Lava Jato no STF, em 11 de abril, o Senado permanecia com o Conselho de Ética desativado. Questionado sobre a razão desse não funcionamento, o presidente do colegiado nos últimos anos, João Alberto Souza (PMDB-MA), dizia que os partidos ainda não haviam indicado seus respectivos membros.
 
Apenas depois da divulgação de parte do conjunto probatório reunido pelos donos e executivos da JBS (Friboi), que levaram à investigação formal do presidente Miche Temer no STF, os senadores se movimentaram para reativar o Conselho. Quatro meses depois do início do ano legislativo, o colegiado ainda não foi instalado.

Aplicativo facilita busca por emprego

Os serviços do Sistema Nacional de Emprego (Sine) agora estão na palma da mão dos cidadãos com o aplicativo Sine Fácil. O aplicativo móvel permite ao trabalhador encontrar, de forma prática e rápida, vagas adequadas ao seu perfil.

“Pelo Sine Fácil, o trabalhador poderá agendar entrevistas com empregadores, acompanhar a situação do benefício do seguro-desemprego e acessar outros serviços de seu interesse. Um diferencial importante é que o aplicativo permite inúmeras consultas a vagas de emprego, em qualquer horário, de qualquer local, sem a necessidade de o trabalhador se deslocar até um posto de atendimento”, afirmou o ministro Ronaldo Nogueira.

Sine Fácil

O aplicativo, que é gratuito, está disponível na versão para Android e em breve também para iOS. Para poder utiliza-lo, o trabalhador deverá ter um código de acesso (QR Code) que pode ser obtido no portal Emprega Brasil (empregabrasil.mte.gov.br); nas unidades de atendimento do Sine; no documento que ele recebe no ato da rescisão de contrato; ou na solicitação do seguro desemprego.

Reprodução/MTB

‘Tudo vai ser refletido e estudado’, diz Torquato sobre direção da PF

O novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, disse à GloboNews que só vai se pronunciar sobre a situação da direção da Polícia Federal e outros assuntos referentes à pasta após assumir o cargo oficialmente. O Palácio do Planalto ainda não informou a data de posse do ministro.

”Tudo vai ser estudado e refletido. Vou ouvir o presidente [Michel] Temer, o secretário-executivo, e fazer a minha própria avaliação antes de tomar qualquer decisão [De trocar a direção da Polícia Federal]. Exatamente como fiz na Transparência, mas na Justiça é mais complexa”, disse o novo ministro.

G1

Imagem: Reprodução/

Relator da Lava Jato sofre ‘cerco’ e ‘precisa de proteção institucional’

O jornalista especializado em política Josias de Souza entrevistou o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a conjuntura do STF.

Na entrevista, assuntos como eleição direta ou indireta, foro privilegiado, dificuldade em prender ‘poderosos’, acordo de delação, e entre outros.

Ao falar sobre o colega Edson Fachin, relator da Lava Jato, Barroso afirma que está envolto em pressões.  “Que há um cerco, há… Precisa de proteção institucional”, declarou.

“Ninguém poderia achar que um processo criminal desta magnitude, envolvendo autoridades com a estatura das autoridades que estão tendo que se defender e se explicar, não produzisse reação —tanto dos seus advogados quanto dos seus porta-vozes e dos seus aliados”, disse Barroso

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(Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)

Contas públicas brasileira apresentam resultado positivo

As contas públicas fecharam abril com resultado positivo.  De acordo com os dados divulgados hoje (27)  pelo Banco Central,  estados e municípios apresentaram superávit primário de R$ 12,908 bilhões, o melhor resultado para o mês desde abril de 2015 (R$ 13,445 bilhões). Em abril de 2016, houve superávit primário de R$ 10,182 bilhões.

Em abril deste ano, o Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional) registrou superávit primário de R$ 11,451 bilhões. Os governos estaduais apresentaram superávit de R$ 828 milhões e os municipais, resultado também positivo de R$ 39 milhões. As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas empresas dos grupos Petrobras e Eletrobras, registraram superávit primário de R$ 590 milhões, no mês passado.

Apesar dos resultados positivos registrados em janeiro (R$ 36,712 bilhões) e em abril, no ano o resultado das contas públicas é negativo. De janeiro a abril, o setor público registrou déficit primário de R$ 15,106 bilhões. No mesmo período de 2016, houve déficit de R$ 4,411 bilhões.

Os gastos com juros nominais ficaram em R$ 28,331 bilhões, no mês passado, e em R$ 138,821 bilhões no primeiro quadrimestre. O setor público registrou déficit nominal – formado pelo resultado primário e os resultados de juros – de R$ 123,716 bilhões, de janeiro a abril. Somente no mês passado, o déficit nominal ficou em R$ 15,423 bilhões.  

A dívida líquida do setor público – balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais – somou R$ 3,025 trilhões em abril, o que corresponde a 47,7% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Em relação a março, o indicador de dívida e PIB ficou estável. A dívida bruta (contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais) chegou a R$ 4,547 trilhões ou 71,7% do PIB, com alta de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior.

65% dos brasileiros não possuem reserva financeira

O Indicador de Reserva Financeira, calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que 65% dos brasileiros não possuem reserva financeira. Em março, 76% dos consumidores não conseguiram poupar, contra 19% que conseguiram guardar dinheiro.

Observando os dados por classe de renda, a proporção de poupadores foi maior nas classes A e B do que nas classes C, D e E. No primeiro caso, 37% pouparam, ante 60% que não pouparam. Já entre aqueles com menor renda, 13% pouparam, ante 80% que não reservaram nenhuma quantia. Apesar da diferença, em ambas as classes a maioria não poupou em março.

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o baixo número de poupadores tem relação direta com a crise econômica, que potencializa a falta de cultura de poupar. “O desafio de boa parte das famílias é superar a queda da renda decorrente do aumento do desemprego e do avanço recente da inflação, que corroeu o poder de compra do consumidor.”

Em média, aqueles que conseguiram poupar guardaram R$ 502 em março – um total de R$ 14,2 bilhões poupados no mês.
 

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Campanha de vacinação contra gripe é prorrogada para 9 de junho

A Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe que seria encerrada nesta sexta-feira(26) foi prorrogada para o dia 9 de junho para atender a demanda nacional com meta de 90% do público-alvo da campanha.  No Rio Grande do Norte, 292.400 mil pessoas não tomaram a vacina.
 
A campanha tem como público-alvo: idosos de 60 anos ou mais; crianças na faixa etária de 6 meses até menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias); gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto);trabalhadores da saúde; indígenas;pessoas com doenças crônicas,adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade que cumprem medidas socioeducativas; população privada de liberdade;funcionários do sistema prisional; e professores das escolas públicas e privadas.

PF deflagra 41ª fase da Operação Lava Jato

A Polícia Federal deflagra nesta sexta-feira (26/5) a 41ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Poço Seco. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e três mandados de condução coercitiva nos estados do Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo.

A ação policial tem como alvo principal a investigação de complexas operações financeiras realizadas a partir da aquisição pela PETROBRAS de direitos de exploração de petróleo em Benin/África, com o objetivo de disponibilizar recursos para o pagamento de vantagens indevidas a ex-gerente da área de negócios internacionais da empresa.

Os investigados responderão pela prática dos crimes de corrupção, fraude em licitações, evasão de divisas, lavagem de dinheiro dentre outros.

Os presos serão trazidos para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba quando autorizados pelo juízo competente.

O nome da fase (Poço Seco) é uma referência aos resultados negativos do investimento realizado pela PETROBRÁS na aquisição de direitos de exploração de poços de petróleo em Benin/África.

Ilustração/Reprodução

‘Fora Temer’ e ‘Diretas Já’ ganham força nas redes sociais

As manifestações de ontem(24), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, tiveram forte repercussão nas redes sociais. Segundo análise da diretoria de Análise de Políticas Públicas (DAPP) da Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-RJ), os protestos contra as reformas do governo Temer tiveram mais de 210 mil menções no Twitter nesta quarta, até às 17h. 
 
Segundo o levantamento, o volume de menções nas redes sociais a “protestos” na quarta-feira se igualou à quantidade de tuítes feitos no auge da crise política, na última semana, quando veio à tona a gravação de conversa entre o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista, do grupo JBS. “A evolução das menções relacionadas a protestos nas redes podem indicar o início de uma sequência de atos contra o governo Temer – o que ainda não havia se verificado desde a eclosão da atual crise política”, diz a pesquisa.
 
 
Entre os usuários da rede social, duas palavras de ordem chamaram a atenção: “Fora Temer” e “Diretas Já”, presentes principalmente em perfis ligados à oposição ao governo Temer. Só as Diretas Já, por exemplo, tiveram cerca de 54 mil postagens na rede social no período analisado pelo estudo – a hashtag #diretaspordireitos, usada em protesto às reformas promovidas pelo governo, por sua vez, teve 33 mil menções. 
 
Na sequência, observa-se uma série de termos relacionados ao conflito registrado na Esplanada, sobretudo “vandalismo” (30,6 mil), menções ao emprego das Forças Armadas (26,8 mil), ao “incêndio” (25,9 mil) e à “violência policial” (20,4 mil), dando uma dimensão do clima de confronto instalado em Brasília. Segundo o estudo, a discussão sobre atos de vandalismo foi o principal tema abordado pelos perfis contrários às manifestações
 
Político
 
 
Além do presidente Michel Temer, outro nome teve bastante peso nos debates nas redes sociais: o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ). Segundo a análise da FGV-RJ, as menções a Maia chegaram a superar Michel Temer por dois motivos: além de ser o próximo na linha sucessória da Presidência da República, caso Michel Temer tenha de deixar o cargo, Maia também pediu o apoio de “tropas nacionais” para conter os manifestantes em Brasília. 
 
Além do deputado fluminense, também foram bastante citados nas redes sociais os nomes de Carmem Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e do ex-ministro do STF Nelson Jobim, cotados para substituir Temer no caso de eleições indiretas. Segundo a análise, o crescimento de menções nas redes sociais a atores políticos pode indicar, nos próximos dias, a convergência em torno de um desses nomes para assumir a Presidência, caso Temer deixe o posto. 
 
Já sobre o debate econômico, o principal tema citado foi a reforma da Previdência, cujas discussões têm avançado no Senado mesmo em meio à crise política. De acordo com o estudo da FGV-RJ, as manifestações “podem ter repercussão negativa para a estabilidade política e para a retomada da economia”
 
 
Fonte: Agência Estado

‘Temer quer dar resposta ao País o mais rapidamente possível’, diz advogado

O advogado Gustavo Guedes afirmou nesta segunda-feira, 22, que a defesa do presidente Michel Temer entrou com um novo pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o inquérito contra o peemedebista não seja mais suspenso. A declaração foi dada após um encontro com o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na Corte. 
 
Segundo Guedes, a defesa se sentiu atendida com o deferimento do pedido para que fosse realizada uma perícia no áudio da conversa entre Temer e o empresário Joesley Batista, da JBS.
 
“Eu vim dizer (a Fachin) que, diante desse deferimento, não víamos mais a necessidade de suspender o processo e que o presidente quer que esse assunto seja resolvido o mais rápido possível”, disse.
 
Segundo ele, Temer quer que o processo siga o curso normal e que fique comprovada a inocência do peemedebista. “O presidente quer dar essa resposta ao País o mais rapidamente possível”, disse.
Inquérito
De acordo com o despacho do ministro Edson Fachin, no qual autorizou a Polícia Federal a periciar os quatro áudios gravados pelo delator Joesley Batista, a defesa do presidente Temer e a Procuradoria-Geral da República terão um prazo de 24h para se manifestarem após terem acesso ao resultado da análise do material.
STF
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, decidiu hoje (22) que o recurso do presidente Michel Temer será julgado somente após a conclusão da perícia pela Polícia Federal no áudio entregue pelo empresário Joesley Batista em seu depoimento de delação premiada.

PGR pede ao STF prisão preventiva de Aécio Neves e Rodrigo Loures

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, propôs, nesta segunda-feira (22), agravo regimental contra decisão do ministro Edson Fachin que indeferiu pedido de prisão preventiva decorrente do flagrante por crime inafiançável do senador da República Aécio Neves (PSDB/MG) e do deputado federal Rodrigo Loures (PMDB/PR). Os parlamentares são investigados no Inquérito 4483 pela suposta prática de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e obstrução à investigação.
Os pedidos de prisão dos parlamentares e de outras oito pessoas foram formulados pelo procurador-geral da República com base em material comprobatório apresentado por pessoas ligadas ao grupo J&F, bem como em apurações feitas por meio de ações controladas da Polícia Federal.
O agravo pede a reconsideração da decisão do ministro. E, em caso de negativa, requer que o recurso seja submetido, com urgência, ao Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Para Janot, a prisão é imprescindível para a garantia da ordem pública e da instrução criminal, diante do fatos gravíssimos imputados aos congressistas e do flagrante por crime inafiançável. Conforme destaca no pedido, as gravações ambientais e interceptações telefônicas demonstram que os parlamentares “vêm adotando, constante e reiteradamente, estratégias de obstrução de investigações da Operação Lava Jato”.
O PGR lembra ainda que a prisão dos envolvidos em flagrante apenas não ocorreu anteriormente, no momento de recebimento das parcelas da propina, para que fossem coletadas provas mais robustas em relação aos fatos criminosos em curso. “Nesse sentido é importante destacar que a ação controlada requerida no bojo da Ação Cautelar 4315 não objetivou apenas monitorar o pagamento da propina destinada ao senador Aécio Neves, mas também os repasses de valores espúrios ajustados entre Joesley Batista, o presidente da República, Michel Temer, e o deputado Rodrigo Loures”, afirma Janot.
Na ação cautelar, o PGR argumenta também que o senador e o deputado são pessoas poderosas e influentes, cuja liberdade pode levar ao “uso espúrio do poder político”. A condição de congressista, sustenta Janot, faz com que os investigados tenham influência sobre pessoas de poder, enquanto a condição de liberdade os “permite manter encontros indevidos em lugares inadequados”.

“PT pode ensinar a combater a corrupção”, diz Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado (20) durante discurso no evento de posse dos novos integrantes do diretório municipal do PT, em São Bernardo do Campo (SP), que nenhum governo combateu tanto a corrupção como o seu (2003-2010) e que todas as denúncias precisam ser investigadas dentro das regras do Estado democrático de direito.

“Hoje o PT pode ensinar, inclusive, a combater a corrupção. Ninguém na história desse país criou mais mecanismos o para combater a corrupção do que 12 anos de PT no governo. A Polícia Federal é o que é por causa do PT, o Ministério Público é o que é hoje porque na [Assembleia] Constituinte de 1988, companheiros como o [José] Genoíno brigaram pela autonomia do Ministério Público, que antes era um apêndice do Ministério da Justiça”, disse em sua primeira manifestação pública após o agravamento da crise política com a divulgação do conteúdo das delações dos executivos da JBS, que envolvem o presidente Michel Temer (PMDB) e o senador Aécio Neves (PSDB), entre outros políticos, inclusive o próprio Lula.

Lula disse que a corrupção precisa ser combatida, mas que é preciso respeitar o Estado democrático de direito. “Nós queremos que a pessoa seja investigada, democraticamente, tenha o direito de defesa e, democraticamente, seja julgada. E vale para o PT, para o PMDB, para os procuradores, para os juízes, vale até para o papa, vale para todo mundo”, disse, sem mencionar diretamente as acusações contra Temer, que agravaram a crise política brasileira.

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