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Quatro em cada dez consumidores chegaram ao final de 2017 com as contas no vermelho, aponta indicador do SPC Brasil e CNDL

De acordo com os dados do Indicador de Propensão ao Consumo calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), quatro em cada dez consumidores (38%) afirmaram estar no vermelho ao final de 2017, ou seja, sem conseguir pagar todas as contas; e 45% dizem estar no limite do orçamento. Apenas 13% estão com sobra de recursos, o que mostra uma imensa maioria ainda em situação de aperto.

Com as contas no limite, quase a metade dos consumidores (48%) pretendem diminuir o nível de gastos no próximo mês. Entre esses, a principal razão é o nível elevado dos preços, citada por 24%, além do desemprego (18%), a busca constante por economizar (18%); e o endividamento e a situação financeira difícil (16%).

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a renda extra de final de ano pode ajudar a aliviar esse quadro, mas não se deve contar apenas com isso. “O pagamento do 13º salário pode aliviar a situação do consumidor, mas vale lembrar que se trata de um aumento de renda temporário. Uma vez restaurado o equilíbrio do orçamento, o consumidor precisa manter o controle dos gastos, estabelecendo prioridades e fazendo ajustes quando necessário. É uma tarefa constante, que exige disciplina, mas que faz diferença no bem-estar financeiro do consumidor”, afirma.

Excluindo os itens de supermercado, os produtos que os consumidores planejam adquirir ao longo de janeiro são em sua maioria roupas, calçados e acessórios (27%), remédios (17%), recarga para celular (13%), perfumes e cosméticos (10%), móveis (8%), entre outros.

Cartão de crédito: 47% admitem aumento do valor da fatura. Média dos gastos foi de R$ 1.035

Em novembro, o Indicador de Uso do Crédito, que mensura a utilização das principais modalidades e mapeia os gastos e itens mais comprados via crédito pelo consumidor brasileiro, marcou 23,7 pontos. A escala do indicador varia de zero a 100, sendo que quanto mais próximo de 100, maior o número de usuários e de frequência do uso das modalidades.

De acordo com o levantamento, seis em cada dez (63%) consumidores brasileiros não utilizaram nenhuma modalidade de crédito em novembro, como empréstimos, linhas de financiamento, crediários e cartões de crédito. O restante (37%), porém, mencionou ao menos uma modalidade a qual tenham recorrido no período. Os cartões de crédito (31%), crediário (10%) e o cheque especial (5%) foram as modalidades mais usadas. Há ainda, 3% de consumidores que recorreram à empréstimos e 3% a financiamentos.

Quase metade dos (47%) usuários de cartão de crédito aumentaram o valor da fatura no último mês de novembro. Para 30%, o valor se manteve estável frente aos meses anteriores, enquanto somente 19% notaram uma diminuição no total a ser pago na fatura. Considerando os entrevistados que se lembram do valor do último mês, a média dos gastos foi de R$ 1.034,75. Os itens de primeira necessidade como alimentos em supermercados (66%) e remédios (51%) foram os mais adquiridos por meio do cartão de crédito. Gastos com combustível (36%), bares e restaurantes (33%), roupas e calçados (31%) e recarga para celular (15%) ocupam as demais posições do ranking.

SUS oferece tratamento completo e gratuito a portadores de HIV

O Ministério da Saúde investiu, em 2017, R$ 1,1 bilhão com medicação e tratamento de pacientes com Aids no País, garantindo a portadores do vírus HIV tratamento completo e gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Com o investimento crescente e contínuo, o número de pacientes que recebem a terapia antirretroviral cresceu, com diagnóstico ampliado nos últimos meses e menor tempo para início do tratamento.

Além do montante destinado ao tratamento, há ainda uma rede de laboratórios públicos que oferece exames de carga viral do HIV, CD4 e genotipagem do HIV. Em 2017, foram investidos um total de R$ 58,1 milhões para a realização desses exames.

No eixo da prevenção, o Ministério da Saúde oferece distribuição de preservativos gratuitamente e tratamento pós-exposição ao HIV, a chamada PEP. O medicamento está disponível em 151 serviços de 115 municípios com mais de 100 mil habitantes. Além disso, começou a ser ofertado neste mês de dezembro o tratamento pré-exposição (PrEP) às populações com maior vulnerabilidade à infecção. São 3,6 milhões de comprimidos para abastecimento de um ano.

Arquivo/ Agência Brasil

Sus investe na cobertura de casos de Aids

Medicação

De acordo com o ministério, os portadores de HIV têm acesso a 22 medicamentos antirretrovirais, em 38 apresentações, ou seja, formas farmacêuticas e dosagem de cada um dos medicamentos.

Prevenção

O comprimido Truvada começou a ser disponibilizado neste mês de dezembro pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como medicamento para impedir a propagação do HIV na corrente sanguínea. O produto não substitui a camisinha, mas amplia a prevenção.

 

Estatísticas

A taxa de detecção de casos de Aids no Brasil foi de 18,5 casos por 100 mil habitantes em 2016, uma redução de 5,2% em relação a 2015, quando foram registrados 19,5 casos. Os dados são do mais recente Boletim Epidemiológico de HIV/Aids, lançado em 1º de dezembro deste ano.

Já sobre a mortalidade, a queda observada é de 7,2%, a partir de 2014, ano em que foi ampliado o acesso ao tratamento. Eram 5,7 óbitos por 100 mil habitantes, passando a 5,2 óbitos em 2016.

Há três anos, o paciente iniciava o tratamento com, em média, 101 dias após o diagnóstico. Hoje são, no máximo, 41 dias.

Boletim do Banco Central prevê maior crescimento em 2018

Boletim do Banco Central divulgado nesta terça-feira (2) reforça o otimismo de analistas do mercado financeiro com a economia brasileira. A publicação semanal da autoridade monetária aponta um crescimento de 2,70% em 2018.

Essa trajetória de recuperação marca a retomada definitiva da economia depois de o País ter enfrentado a pior recessão da história, um cenário que trouxe, além de queda do PIB, alta da inflação e redução do número de empregos.

A previsão dos 100 analistas que fazem projeções para os principais indicadores da economia para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, é que 2018 termine com uma taxa de 3,96% – número inferior ao centro da meta.

Imagem: ILUSTRATIVA/USP Imagens/Marcos Santos

Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica será emitida via Certificação Digital a partir de janeiro

A nova legislação da Sefaz (Secretaria da Fazenda) determina que a emissão da Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica (NFC-e) seja via Certificação Digital. Com isso, a nova medida será obrigatória para empresas do comércio varejista, que deverão substituir a impressão de documentos fiscais, como o cupom e a nota fiscal, ao consumidor. Para aderir ao novo modelo de nota fiscal, o contribuinte deve acessar o site do órgão, usando o CNPJ e senha cadastrados para acesso à Agência Virtual e preencher o formulário de credenciamento em produção. O novo modelo já será obrigatório a partir de 1° de janeiro em seis estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Sul.

“Com essa nova medida, haverá redução de custos ao contribuinte com a instalação e manutenção de impressoras e softwares, além de desburocratizar e simplificar a utilização do sistema, com repasse automático à Sefaz dos dados das vendas. Isso facilita tanto a vida do comerciante, quanto a do consumidor que, ao efetuar uma compra, vai poder escolher como quer receber sua nota fiscal, que poderá ser enviada para um endereço de e-mail indicado, ou por meio de mensagem de SMS”, esclarece Lucas Vieira, Gerente de Produtos da Soluti, segunda maior Autoridade Certificadora do país, e empresa especializada nesse segmento de certificação digital. 

Imagem: Ilustrativa

 

R$954 é o valor do salário mínimo em 2018

O presidente Michel Temer editou nesta sexta-feira decreto determinando em 954 reais o valor do salário mínimo no país a partir de 1º de janeiro de 2018, contra os atuais 937 reais.

Em meados de dezembro o Congresso Nacional havia aprovado o Orçamento de 2018 estabelecendo o salário mínimo em 965 reais.

O decreto publicado por Temer nesta sexta-feira estabelece ainda o valor diário do salário mínimo em 31,80 reais, e o valor por hora em 4,34 reais.

Bancos só reabrem na terça, dia 2

Os bancos só irão reabrir na próxima terça-feira, 2 de janeiro de 2018. Os funcionários ainda irão trabalhar hoje (29), mas não haverá atendimento ao público.

As contas de consumo (água, luz, telefone e TV a cabo), carnês e boletos com vencimento nos dias em que as agências estiverem fechadas podem ser pagos no próximo dia útil após o feriado – ou seja, na terça-feira, dia 2, sem qualquer incidência de cobrança de multa.

Para realizar operações bancárias nesses dias, os clientes podem usar caixas eletrônicos, internet banking, aplicativos de celular e telefone. Outra opção para os clientes, segundo a Febraban, é agendar o pagamento de boletos pelos canais eletrônicos.

Preço da gasolina e do diesel tem novos reajustes nas refinarias

O preço da gasolina e do diesel comercializados nas refinarias da Petrobras sofrerão novos reajustes. De acordo com a empresa, hoje (29) a gasolina sobe 1,7% e o diesel 1,1%. A partir de amanhã (22), haverá novo aumento, de 1,9% para a gasolina e 0,4% para o diesel.

Nesta semana, o preço dos combustíveis nas refinarias já haviam sido ajustados. Na quarta-feira (27), houve aumento de 1,1% no diesel e redução de 0,4% na gasolina. Ontem (28), também houve aumento de 0,9% no diesel.

As variações fazem parte do modelo de reajustes frequentes praticados pela Petrobras, “em busca de convergência no curto prazo com a paridade do mercado internacional”, segundo a estatal.

“Analisamos nossa participação no mercado interno e avaliamos frequentemente se haverá manutenção, redução ou aumento nos preços praticados nas refinarias. Sendo assim, os ajustes nos preços podem ser realizados a qualquer momento, inclusive diariamente”, acrescenta a empresa.

O preço final ao consumidor, nas bombas, dependerá de cada empresa revendedora e dos próprios postos de combustíveis. O histórico das últimas variações praticadas pela Petrobras está disponível da página da estatal.

Jornal Nacional destaca falta de segurança no RN

Jornal Nacional destacou agora à noite o crescimento da violência em razão da paralisação dos serviços da segurança no Rio Grande do Norte.

A reportagem mostra as ações dos bandidos na capital e em cidades do interior do estado.

O governador do Rio Grande do Norte disse, nesta quinta-feira (28), que voltou a pedir o envio das Forças Armadas ao estado.

Já o Ministério da Justiça confirmou o envio de mais de 30 homens da Força Nacional de Segurança.

Só no dia de hoje (28) o estado foi pauta duas vezes nos principais jornais da Globo.

Bom Dia Brasil destaca insegurança no RN

PMs decidem manter a paralisação no Rio Grande do Norte. Essa tema foi matéria de destaque no jornal Bom Dia Brasil desta quinta-feira (28).

Segundo a matéria, decisão foi tomada nesta quarta-feira (27) e a greve já vai completar dez dias. Mais ataques ocorreram nesta madrugada, no interior.

Governadores do Nordeste enviam carta a Temer contra declarações e “chantagens” de Marun

Governadores de estados do Nordeste enviaram uma carta pública ao presidente Michel Temer em protesto às declarações do ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun. Em entrevista na última terça-feira, ele admitiu que o governo só irá liberar financiamentos de bancos públicos, como da Caixa Econômica Federal, a governadores que convencerem suas bancadas federais a votarem pela reforma da Previdência na Câmara.

O documento foi assinado pelos governadores dos nove estados do Nordeste: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Nele, os governantes prometem acionar política e judicialmente os agentes públicos envolvidos caso a “ameaça” de Marun se comprove. No documento, eles pedem a Temer que “reoriente” seus ministros para que sejam evitadas práticas classificadas como “criminosas”.

Diz parte do texto: “Os governadores do Nordeste vêm manifestar profunda estranheza com declarações atribuídas ao Sr. Carlos Marun, ministro de articulação política. Segundo ele, a prática de atos jurídicos por parte da União seria condicionada a posições políticas dos governadores. Protestamos publicamente contra essa declaração e contra essa possibilidade e não hesitaremos em promover a responsabilidade política e jurídica dos agentes públicos envolvidos, caso a ameaça se confirme.”

Governadores do Nordeste enviam carta a Temer contra declarações e “chantagens” de Marun

E continua: “Vivemos em uma Federação, cláusula pétrea da Constituição, não se admitindo atos arbitrários para extrair alinhamentos políticos, algo possível somente na vigência de ditaduras cruéis. Esperamos que o presidente Michel Temer reoriente os seus auxiliares, a fim de coibir práticas inconstitucionais e criminosas”, diz a carta.

Questionado durante entrevista coletiva que concedeu no Palácio do Planalto, Carlos Marun negou que o governo, ao invés de convencer os governadores com argumentos favoráveis à reforma, o esteja fazendo por meio de chantagens. Mas admitiu que espera deles reciprocidade na liberação dos financiamentos públicos. “Financiamentos da Caixa Econômica Federal são ações de governo. Senão o governador poderia tomar esse financiamento no Bradesco, poder tomar não sei aonde. Obviamente, se não na Caixa Econômica, no Banco do Brasil, no BNDS, são ações de governo. E nesse sentido entendemos que deve sim ser discutida com esses governantes alguma reciprocidade no sentido que seja aprovada a reforma da Previdência que é uma questão que nós entendemos hoje de vida ou morte para o Brasil.”

A reforma da Previdência está prevista para ser colocada em votação no plenário da Câmara em 19 de fevereiro, logo depois da semana de Carnaval. O governo enfrenta dificuldades de garantir os 308 votos favoráveis às mudanças previdenciárias já os deputados federais, às vésperas das eleições em que tentarão um novo mandato, não querem se indispor com categorias de eleitores.

Confira a íntegra da carta dos governadores enviada ao presidente Temer:

Os governadores do Nordeste vêm manifestar profunda estranheza com declarações atribuídas ao Sr. Carlos Marun, ministro de articulação política. Segundo ele, a prática de atos jurídicos por parte da União seria condicionada a posições políticas dos governadores. Protestamos publicamente contra essa declaração e contra essa possibilidade e não hesitaremos em promover a responsabilidade política e jurídica dos agentes públicos envolvidos, caso a ameaça se confirme. Vivemos em uma Federação, cláusula pétrea da Constituição, não se admitindo atos arbitrários para extrair alinhamentos políticos, algo possível somente na vigência de ditaduras cruéis. Esperamos que o presidente Michel Temer reoriente os seus auxiliares, a fim de coibir práticas inconstitucionais e criminosas.

Governadores do Nordeste“.

Por Hédio Júnior/RM

Mercado prevê mais queda dos juros e alta do PIB em 2018

O mercado financeiro está cada vez mais otimista com o cenário para 2018. Projeções coletadas pelo Banco Central mostram que os principais especialistas em economia melhoraram as previsões para inflação, juros e crescimento do País.

Isso, na prática, significa que eles esperam um ano muito melhor do que foi 2017, com o País gerando mais riqueza e empregos, com mais acesso a crédito e mais qualidade de vida para a população.

Os dados fazem parte do Boletim Focus, uma publicação semanal na qual o Banco Central reúne as projeções de cerca de 100 economistas para os principais indicadores do País. Essa pesquisa é divulgada toda segunda-feira.

Juros 2018

Segundo a pesquisa, pode haver mais espaço para queda de juros no País. Os especialistas projetam que a Selic deve cair mais no próximo ano, para 6,75% ao ano. Atualmente, a taxa está em 7% ao ano.

As expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) também melhoraram. Uma semana antes, a previsão era de que o País iria crescer 2,64% no próximo ano; agora, esse número aumentou para 2,68%.

O cenário para inflação também é favorável para os consumidores e mostra que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pode fechar 2018 abaixo da meta central, em 3,96%. Há uma semana, essa projeção era maior, estava em 4%.

Comércio pela internet tem nova regra para quem vende produtos e serviços

O consumidor que costuma pesquisar e comprar pela internet deve ficar atento à maneira como os produtos e serviços são exibidos nas páginas on-line. A Lei nº 13.543, sancionada na última terça-feira (19) pelo presidente da República, Michel Temer, determina novas regras para a venda on-line.

A partir de agora, os preços dos produtos devem ser mostrados de forma clara e ostensiva, junto à imagem que os identifique. O texto da lei determina que a descrição dos serviços, por sua vez, deve estar escrita em “caracteres facilmente legíveis, com tamanho de fonte não inferior a 12”.

As novas regras sobre o comércio eletrônico foram incluídas na Lei 10.962, de 2004

Reclamações

O consumidor que encontrar uma situação em que o preço do produto não está apresentado de maneira clara e em destaque, ou que a fonte seja menor do que o tamanho 12, deve acionar órgãos de proteção e defesa como os Procons, o Ministério Público e a Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça. Os sites que estiverem violando artigos da lei podem ser multados, ou até suspensos.

Liquidação Pós-Natal da Camisaria Colombo traz qualquer jeans por 59,99

Com a passagem do Natal, a Camisaria Colombo traz oportunidades imperdíveis para começar 2018 com pé direito e de look novo!

Os descontos começam a valer no dia 26 de dezembro em todas as lojas da Camisaria Colombo pelo Brasil e também no e-commerce: www.camisariacolombo.com.br.

Eis as ofertas disponíveis abaixo:

  • QUALQUER jeans da loja sai por R$ 59,99.
  • Uma polo por R$ 39,99 ou 3 polos por R$ 99,99.
  • Uma camisa por R$ 59,99 ou 3 camisas por R$ 159,99.
  • Os ternos estão disponíveis por R$ 199,99 a vista ou em 6x de R$ 33,33.
  • Todas as bermudas por R$ 59,99.
  • Kit 3 cintos de lona por R$ 39,99.
  • Calça Social por R$ 39,99.
Camisaria Colombo está com toda a loja em promoção (Divulgação)

Reajustes de tarifas bancárias ficam bem acima da inflação

Você pode até não ter percebido, mas, provavelmente, as tarifas cobradas pelo seu banco ficaram muito mais caras em 2017. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Idec, tanto os serviços avulsos quanto os pacotes do Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú e Santander tiveram reajustes bem acima da inflação no período de novembro de 2016 a outubro de 2017.

Dos 58 pacotes oferecidos pelas cinco instituições financeiras, 50 tiveram uma subida acentuada de preço. O maior reajuste, de 78,9%, foi aplicado pela Caixa em seu pacote Convencional, que subiu de R$ 25,10 para R$ 44,90. 

Pacotes personalizados
BancoNome do pacoteTarifa (R$) em 2016 (Nov)Tarifa (R$) em 2017 (Out)Reajuste %
Banco do BrasilPacote personalizado45,3049,409%
BradescoUniversitário5,907,0018,6%
CaixaConvencional Caixa25,1044,9078,9%
ItaúItaú Uniclass Pacote 3.028,0031,0010,7%
SantanderUniversitário6,907,508,7%

Fonte: Tabela de tarifas dos bancos / Elaboração: Idec

“Os pacotes oferecidos na abertura de contas, por exemplo, muitas vezes não levam em consideração as reais necessidades do cliente, mas sim o perfil de renda, resultando em contratações caras e serviços não utilizados.  Por isso, é necessário pesquisar para não ser induzido ao erro”, afirma Ione Amorim, economista do Idec e responsável pela pesquisa.Na média, a correção dos pacotes pesquisados ficou em 12,6% – 4,6 vezes maior do que a inflação do período, que foi de 2,7%, segundo o IPCA (ìndice de Preços ao Consumidor Amplo).

Tarifas avulsas mais caras

O estudo do Idec constatou que, dentro das 27 tarifas avulsas analisadas – aquelas que o cliente paga quando realiza uma operação que não está inclusa em seu pacote ou excede a sua quantidade -, os maiores reajustes de preço se concentram nos serviços relacionados ao uso do cartão de crédito. Nessa categoria, o maior aumento, de 66,7%, foi praticado pelo Banco do Brasil. A tarifa cobrada pela instituição para pagamento de contas na função crédito saltou de R$ 4,50 para R$ 7,50.

A Caixa aparece novamente entre os bancos com os maiores aumentos: elevou em 53,8% – de R$ 6 para R$ 10 – o valor da tarifa para saques com cartão de crédito.

Considerando as tarifas avulsas em geral, o reajuste médio praticado pelos cinco bancos foi 7,5%, sendo 2,8 vezes maior do que a inflação acumulada no período.

“O aumento excessivo de preço, sem evidência de melhora nos serviços prestados, sinaliza a necessidade de aprimoramento das normas  em relação aos critérios de reajustes”, comenta Amorim.

Tarifas avulsas
BancoFuncionalidadeTarifa (R$) em 2016 (Nov)Tarifa (R$) em 2017 (Out)Reajuste %
Banco do BrasilPagamento de contas na função crédito4,507,5066,7%
BradescoFornecimento de folha de cheque1,401,6014,3%
CaixaSaque com cartão de crédito6,5010,0053,8%
ItaúTransferência entre contas no próprio banco1,001,1010%
SantanderSaque presencial em agências2,402,6510,4%

Fonte: Tabela de tarifas dos bancos / Elaboração: Idec

Adeus, contas digitais

Desde o primeiro semestre de 2017, bancos como o Itaú, Bradesco e Banco do Brasil suspenderam a oferta de pacotes digitais, muitos deles gratuitos, migrando o consumidor para outros serviços, sem apresentar justificativa. 

Curiosamente, no mesmo período, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) divulgou um estudo indicando que o uso dos meios digitais para serviços financeiros em 2016 alcançou 21,9 bilhões de transações, representando um crescimento de quase 100% em relação ao ano anterior. Ainda de acordo com o estudo, uma em cada cinco transações financeiras no Brasil é feita pelo computador ou celular.

A especialista do Idec lembra que, pelas normas do Banco Central, os pacotes criados pelos bancos não podem ser extintos em menos de 180 dias. E conclui: “os elevados reajustes das tarifas, o alinhamento dos valores dos pacotes padronizados e a suspensão das contas digitais expõem os consumidores a práticas abusivas e anticoncorrenciais”.

Contas sem tarifa

Muita gente pode não saber, mas os bancos são obrigados a oferecer contas bancárias livre de tarifas, com operações básicas para a sua movimentação. São os chamados serviços essenciais.

Quem adere a esse tipo de conta tem direito de realizar gratuitamente uma quantidade de operações por mês, como quatro saques, dois extratos e duas transferências. Caso o consumidor exceda o número de operações ou utilize uma que não consta na lista, ele paga a tarifa avulsa correspondente a esse serviço. Por exemplo: um saque “avulso” custa em torno de R$ 2. 

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