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Janot denuncia Temer por corrupção passiva, cobra R$10 mi e diz que presidente “ludibriou brasileiros”

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofereceu denúncia criminal na noite desta segunda-feira contra o presidente Michel Temer e o ex-assessor presidencial e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) pelo crime de corrupção passiva a partir da delação dos executivos da JBS.

Conforme mostrado pela Reuters na sexta-feira, o chefe do Ministério Público Federal decidiu fatiar as acusações contra o presidente. Essa é a primeira denúncia.

É a primeira vez que um presidente é denunciado criminalmente pela PGR no exercício do cargo.

Na acusação de 64 páginas protocolada no gabinete do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), Janot disse que Temer se valeu da condição de “chefe do Poder Executivo e liderança política nacional” para receber para si, por intermédio de Rocha Loures, vantagem indevida de 500 mil reais ofertada por Joesley Batista, da JBS, com pagamento operado pelo executivo Ricardo Saud, da J&F, controladora da JBS.

Para o procurador-geral, Temer e Rocha Loures também atuaram na promessa de outra vantagem indevida no valor de 38 milhões de reais, referente ao que seria o pagamento pela JBS para que eles resolvessem pendências do grupo no Conselho de Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Os 500 mil reais pagos pela empresa eram, segundo as investigações, a primeira parcela desse acerto milionário.

O chefe do Ministério Público Federal determinou a remessa de cópia integral dos autos à Justiça Federal de Brasília a fim de que a Procuradoria da República no Distrito Federal apure a eventual prática de crime de servidores do Cade e da Petrobras.

O procurador-geral acusa Temer de ter “ludibriado” o povo brasileiro.

“Com efeito, não se nega que Michel Temer tem, atualmente, projeção política. Afinal de contas, é o atual presidente da República, tendo sido vice-presidente da República de 2011 a 2016”, diz Janot na denúncia.

“Ludibriou os cidadãos brasileiros e, sobretudo, os eleitores, que escolheram a sua chapa para o cargo político mais importante do país, confiando mais de 54 milhões de votos nas últimas eleições”, criticou.

Para o chefe do MPF, não há dúvida, portanto, de que o delito perpetrado pelos imputados Michel Temer e Rodrigo Loures, em comunhão de ação e unidade de desígnios, causou abalo moral à coletividade, interesse este que não pode ficar sem reparação”.

Janot pede que, levando em conta o reflexo do ato espúrio que cometeram, Temer seja condenado a pagar 10 milhões de reais em indenização por danos morais e Rocha Loures, 2 milhões de reais.

O advogado do presidente, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, disse que a defesa não vai se pronunciar sobre a denúncia até ter acesso a ela e poder examiná-la.

A denúncia foi recebida com silêncio no Palácio do Planalto.

PMDB DA CÂMARA

Segundo Janot, as investigações do inquérito indicam não apenas a continuidade da atividade da organização criminosa pelos denunciados Temer e Rocha Loures, mas possivelmente a participação do ex-ministro Geddel Vieira Lima, apontado como “homem de confiança” do presidente para o trato de negócios escusos, e os atuais ministros da Secretaria-Geral, Moreira Franco, e da Casa Civil, Eliseu Padilha.

O trio Geddel, Moreira e Padilha, contudo, não foram acusados criminalmente na denúncia. Ainda assim, Janot disse que há outro inquérito que apura se Moreira e Padilha pediram, em nome do PMDB e de Temer, vantagem indevida e se teria havido pagamento de propina pela Odebrecht em concessões da Secretaria de Aviação Civil.

“Os fatos devem ser analisados no contexto da organização criminosa aqui mencionada, com especial atenção para o núcleo do PMDB da Câmara. As práticas espúrias voltadas a atender interesses privados, a partir de vultosos recursos públicos, não se restringem àqueles reportados na denúncia ora ofertada. Percebe-se que a organização criminosa não apenas esteve em operação, em passado recente, como também hoje se mantém em plena atividade”, afirmou.

CONTINUIDADE

Janot defende a manutenção das prisões preventivas do empresário Lúcio Funaro e do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para permitir a continuidade das investigações sobre Temer por outros crimes.

Ele argumentou que o relatório final da Polícia Federal só chegou nesta segunda-feira às suas mãos, o que demandará uma “análise mais cuidadosa, aprofundada e responsável” para formar sua opinião.

O relatório final da PF concluiu por indiciar o presidente e Geddel pelo crime de obstrução de Justiça.

O procurador-geral citou na denúncia ao menos cinco pessoas, a partir de depoimentos, que seriam intermediários no repasse de valores ilícitos para Temer e Rocha Loures. Entre eles, o advogado José Yunes, que chegou a ser cotado para assumir o Ministério da Justiça e foi seu assessor especial até ser envolvido na operação Lava Jato.

Em um dos casos relatados, segundo a denúncia, houve uma atuação para se editar um ato normativo este ano que iria beneficiar a Rodrimar S.A. e Janot pede a instauração de outro inquérito para apurar suspeitas de irregularidades nessa negociação que envolvia o uso de portos marítimos.

Pede também que, em 30 dias, a Polícia Federal tome ao menos quatro depoimentos, entre eles o do subchefe de Assuntos Jurídicos da Presidência, Gustavo Rocha.

Janot também pediu vista dos autos do inquérito 3.105, que é relatado pelo ministro Marco Aurélio Mello, para apurar o caso de suposto pagamento de propina a Temer na Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) à luz de novos fatos sob investigação.

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Na denúncia, Janot pede que o STF, conforme lei referente à tramitação de ações penais na Corte, dê 15 dias de prazo para a defesa do presidente se manifestar.

Depois dessa etapa, os autos seguem a Câmara dos Deputados, que deverá decidir se autoriza o Supremo a processar Temer. São necessários os votos de 342 deputados para autorizar o STF a levar o caso adiante.

Procurados, lideranças e deputados governistas preferiram não tecer comentários, alegando ainda não conhecer o inteiro teor da denúncia.

Líderes da oposição, por seu lado, ressaltaram a gravidade da situação e fizeram previsões de que o governo terá dificuldades para barrar a denúncia na Câmara.

“Deputados terão que se decidir se a fidelidade é com um criminoso ou com o país”, disse o deputado Ivan Valente (PSOL-SP). “A votação da denúncia da PGR na Câmara é nominal, os deputados terão que mostrar a cara.”

Por Reuters

Aprovação a governo Temer está entre piores desde 1989

Michel Temer (PMDB) tem seu governo aprovado por somente 7% dos brasileiros. O índice o coloca entre os presidentes com pior aprovação na série histórica do Brasil.

Na última avaliação presidencial, realizada em abril, a gestão do peemedebista era aprovada por 9%. No mesmo período, a reprovação a Temer subiu de 61% para 69%, índice que o coloca no mesmo patamar de Dilma Rousseff (PT) ao atingir seu índice mais alto de reprovação (71%), o mais alto já registrado nas pesquisas do Datafolha, em agosto de 2015. Há ainda 23% que avaliam a gestão de Temer como regular, e 2% que preferiram não opinar.

Na região Nordeste, a reprovação a Temer alcança 77%, e fica abaixo da média no Sul (61%). Quanto menor a renda, maior a reprovação ao governo atual: entre aqueles com renda mensal familiar de até 2 salários mínimos de renda familiar mensal, 71% avaliam Temer como ruim ou péssimo, índice que cai para 55% entre os mais ricos, com renda mensal familiar de 10 salários ou mais.

Reprodução

Presidente do Conselho de Ética do Senado arquiva pedido de cassação de Aécio

O presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), decidiu recusar o pedido de cassação do mandato do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva e obstrução da Justiça a partir de delação de empresários do grupo J&F, holding que controla a JBS.

Segundo a assessoria de Souza, o senador tomou a decisão de indeferir o pedido “por falta de provas”.

Ele é acusado pelo Ministério Público de ter usado o cargo para defender interesses da J&F em troca do recebimento de propina. Aécio teve uma conversa interceptada na qual pedia 2 milhões de reais a Joesley Batista, um dos donos do grupo e que fez delação premiada.

Na próxima semana, a primeira turma do STF deve analisar pedido de prisão de Aécio formulado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Senador Aécio Neves durante sessão da Casa em Brasília
11/05/2016 REUTERS/Ueslei Marcelino

Saiba quais são os 50 sites mais acessados do Brasil e do mundo

A lista desenvolvida pela Amazon é atualizada a cada três meses e já conta com dados referentes a 2017.

Os 50 sites mais populares do Brasil em 2017

1 – Google.com.br
2 – Youtube.com
3 – Google.com
4 – Facebook.com
5 – Globo.com
6 – Uol.com.br
7 – Blastingnews.com
8 – Live.com
9 – Mercadolivre.com.br
10 – Yahoo.com
11 – Blogspot.com.br
12 – Wikipedia.org
13 – Netflix.com
14 – Whatsapp.com
15 – Instagram.com
16 – Msn.com
17 – Olx.com.br
18 – Xvideos.com
19 – Twitter.com
20 – Fatosdesconhecidos.com.br
21 – Caixa.gov.br
22 – Metropoles.com
23 – Popads.net
24 – Uptodown.com
25 – Aliexpress.com
26 – WordPress.com
27 – Abril.com.br
28 – Americanas.com.br
29 – Não informado
30 – Curapelanatureza.com.br
31 – Reclameaqui.com.br
32 – Adf.ly
33 – Bet365.com
34 – Bol.uol.com.br
35 – Correios.com.br
36 – Techtudo.com.br
37 – Microsoft.com
38 – Letras.mus.br
39 – Otvfoco.com.br
40 –Reddit.com
41 – Tumblr.com
42 – Linkedin.com
43 – Sp.gov.br
44 – Folha.uol.com.br
45 – Pinterest.com
46 – Bb.com.br
47 – Fazenda.gov.br
48 – Thewhizmarketing.com
49 – Itau.com.br
50 – Txxx.com

Os 50 sites mais populares do mundo em 2017

1 – Google.com
2 – Youtube.com
3 – Facebook.com
4 – Baidu.com
5 – Wikipedia.org
6 – Yahoo.com
7 – Google.co.in
8 – Reddit.com
9 – Qq.com
10 – Taobao.com
11 – Twitter.com
12 – Amazon.com
13 – Google.co.jp
14 – Tmall.com
15 – Vk.com
16 – Sohu.com
17 – Live.com
18 – Instagram.com
19 – Sina.com.cn
20 – Jd.com
21 – Weibo.com
22 – 360.cn
23 – Google.de
24 – Google.co.uk
25 – Linkedin.com
26 – Google.com.br
27 – List.tmall.com
28 – Google.fr
29 – Google.ru
30 – Yandex.ru
31 – Google.com.hk
32 – Netflix.com
33 – Yahoo.co.jp
34 – Google.it
35 – T.co
36 – Ebay.com
37 – Imgur.com
38 – Google.es
39 – Pornhub
40 – Bing.com
41 – Msn.com
42 – Não informado
43 – Twitch.tv
44 – Google.ca
45 – Google.com.mx
46 – Livejasmin.com
47 – Alipay.com
48 – Tumblr.com
49 – Hao123.com
50 – Mail.ru

Correios encerram e-Sedex, frete mais barato em lojas on-line

Os Correios encerraram o e-Sedex nesta segunda-feira (19). De acordo com a empresa, o serviço foi descontinuado em virtude da aprovação da nova política comercial.

Destinada apenas ao comércio eletrônico, o serviço permitia o envio de mercadorias com preço reduzido em relação ao Sedex tradicional e próximo ao de uma encomenda comum, de prazo de entrega mais longo.

A recomendação é que as postagens de encomendas passem a ser feitas por Sedex ou PAC.

Pelo 2º mês consecutivo, Brasil tem desempenho positivo na geração de empregos

Pelo segundo mês consecutivo, e pela terceira vez este ano, o Brasil teve saldo positivo na geração de empregos. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira (20) pelo Ministério do Trabalho, 34.253 novos postos de trabalho formal foram abertos em maio, um aumento de 0,09% em relação a abril. O resultado também foi positivo se considerados os números de janeiro a maio. No acumulado do ano, houve um crescimento de 48.543 postos de trabalho, representando uma expansão de 0,13% em relação ao estoque de empregos que havia em dezembro de 2016.

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, avalia que, aos poucos, o país vem recuperando os empregos fechados nos últimos anos devido às crises econômica e política registradas no país. “O governo federal tem feito um esforço grande e constante para adotar medidas que incentivem a geração de empregos. E o resultado nós temos visto no desempenho do Caged desde o ano passado, mas, sobretudo, nos últimos meses”, afirma.

Setores

Dos oito principais setores da economia, quatro tiveram desempenho positivo. O principal foi a Agropecuária, que gerou 46.049 novos postos de trabalho, um crescimento de 2,95%. As culturas responsáveis por esse resultado foram o café, sobretudo em Minas Gerais; a laranja, em São Paulo; e a cana-de-açúcar, em São Paulo e no Rio de Janeiro.  Os outros setores com performance positiva foram os Serviços, que tiveram acréscimo de 1.989 postos (+0,01%); a Indústria de Transformação, com 1.433 vagas a mais (+0,02%); e a Administração Pública, que gerou 955 vagas formais (+0,11%). Tiveram saldo negativo os setores do Comércio, que fechou 11.254 postos (-0,13%); da Construção Civil, com 4.021 vagas a menos (-0,18%); da Indústria Extrativa Mineral, com resultado negativo de 510 postos (-0,26%); e dos Serviços Industriais de Utilidade Pública, que fecharam 387 vagas (-0,09%).

Desempenho regional

A região que mais gerou empregos em maio foi o Sudeste, com a criação de 38.691 postos de trabalho formal. Os estados que se destacaram foram Minas Gerais, que teve saldo positivo de 22.931 postos, e São Paulo, que gerou 17.226 novas vagas. Esses resultados  se devem principalmente ao aumento na oferta de vagas formais na Agropecuária, Serviços e Indústria.  A segunda região com maior crescimento no nível de emprego foi o Centro-Oeste, com acréscimo de 6.809 postos, seguida do Nordeste, com saldo positivo de 372 vagas. Em contrapartida, houve retração nas regiões Norte (-1.024 postos) e Sul (-10.595).

Foto: Reprodução

MPF emite parecer pela manutenção da prisão de Henrique Alves e Eduardo Cunha

O Ministério Público Federal emitiu parecer pela manutenção da prisão do ex-ministro Henrique Eduardo Alves e do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. O parecer do MPF 5ª Região, com sede no Recife, foi emitido nesta sexta-feira (16) e é referente a pedido de habeas corpus para os dois investigados.

Ambos pediram a revogação da prisão preventiva, por meio de habeas corpus ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), no Recife, a segunda instância da Justiça Federal para processos que tramitam em seis estados do Nordeste, incluindo o Rio Grande do Norte. A Procuradoria Regional da República da 5ª Região (PRR5), unidade do MPF que atua perante o TRF5, manteve o posicionamento do MPF na primeira instância e emitiu parecer contrário ao pedido dos ex-deputados.

Para o Ministério Público Federal, “a manutenção da prisão preventiva é necessária para garantir a ordem pública e assegurar a efetiva aplicação da lei penal, uma vez que ambos continuam a exercer intensa atividade política em âmbito nacional. Dessa forma, o cerceamento de sua liberdade tem o objetivo de evitar a continuidade das práticas ilícitas”.

Henrique Alves deve não ser transferido para Brasília

O ex-ministro Henrique Eduardo Alves poderá não ser transferido para a carceragem da Polícia Federal em Brasília por decisão do juiz Francisco Farias, da 14ª Vara Federal do Rio Grande do Norte, que pediu suspensão.

Alves está preso desde a última terça (6) na Academia de Polícia Militar, em Natal, e é alvo de dois mandados de prisão: um da operação Manus – que investiga corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro na construção da Arena das Dunas; e outro da operação Sépsis – que investiga esquema de pagamento de propina para liberação de recursos do Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal.

O advogado de Henrique Alves, Marcelo Leal, solicitou um pedido de reconsideração na Justiça para tentar impedir a transferência, além de dois pedidos de habeas corpus. O Ministério Público Federal vai proferir decisão sobre o pedido da defesa até a próxima segunda-feira (12).

Fred Queiroz
O ex-secretário de Obras de Natal, Fred Queiroz, foi transferido do Centro de Detenção Provisória da Ribeira para o Comando Geral da Polícia Militar, no Tirol. Ele está preso preventivamente desde terça (6) por suspeita de participação em esquema de lavagem de dinheiro envolvendo o ex-ministro do Turismo Henrique Alves (PMDB).

Visitas
Na última quinta-feira (08), o Senador Garibaldi Filho, que veio de Brasília, familiares e a esposa Laurita Arruda fizeram visita a Henrique Alves.

O ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves está preso desde terça-feira (6). Foto: Reprodução/Frankie Marcone/Futura Press/Folhapress

TSE absolve chapa Dilma-Temer

No julgamento mais importante da história da corte, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) absolveu na noite de sexta-feira (10) a chapa Dilma-Temer das acusações de ter cometido abuso de poder político e econômico na campanha de 2014 e deu sobrevida política ao presidente Michel Temer, alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a acusação de obstrução de Justiça, corrupção passiva e organização criminosa.

O voto decisivo foi do presidente do TSE, Gilmar Mendes, que reconheceu “fatos graves”, mas “não para cassar mandato, porque eu tenho a exata noção da responsabilidade que isso envolve para o Judiciário”, acrescentou.

Com isso, Temer escapa de ter o mandato cassado e a ex-presidente Dilma Rousseff de perder o direito a se candidatar a cargos eletivos.

Reprodução

Gilmar Mendes e relator trocam farpas no julgamento da chapa Dilma-Temer

Na retomada do julgamento que pode levar à cassação da chapa Dilma/Temer e derrubar o atual presidente, nesta manhã vêm sendo discutidas três questões preliminares. A principal delas é se podem ser utilizadas na ação os depoimentos colhidos na Lava Jato e que não estavam no pedido inicial feito pelo PSDB.
 
Há um visível choque entre o relator do processo, ministro Herman Benjamin, a favor da inclusão dos depoimentos, e do presidente do Supremo Tribunal Eleitoral, Gilmar Mendes, que aparenta ser contra.
 
Gilmar chegou a dizer a Benjamin que o relator estaria usando argumentos falaciosos e teria o desafio “de manter o processo aberto para trazer as delações da JBS e na próxima semana a delação de Palocci”. Benjamin replicou que “embora a legislação e a jurisprudência no Supremo poderiam me dar guarida a uma ampliação que eu não fiz e me recusei a fazer. Então seria um argumento falacioso se eu não tivesse me atido a esses parâmetros.” Nas discussões, o ministro Luiz Fux tem saído em defesa de Benjamin.

PGR denuncia Aécio por corrupção e obstrução de Justiça

BRASÍLIA (Reuters) – A Procuradoria-Geral da República denunciou nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) por corrupção passiva e obstrução de Justiça a partir da delação feita por empresários do grupo J&F. O tucano é acusado pelo Ministério Público de ter usado o cargo para defender interesses da J&F, controladora da JBS, em troca do recebimento de propina. Aécio teve uma conversa interceptada na qual pedia 2 milhões de reais a Joesley Batista, um dos donos do grupo e que fez delação premiada. Posteriormente, a quantia exigida pelo senador foi entregue a um primo dele, em ação acompanhada pela Polícia Federal e feita com autorização do STF.

O senador nega as acusações e afirmou ter sido vítima de uma armação montada por Joesley Batista. Quando a conversa veio a público, Aécio disse que tentou vender um apartamento para o empresário para usar parte dos recursos para pagar sua defesa em inquéritos que enfrenta. Segundo o tucano, Joesley se ofereceu para emprestar 2 milhões de reais.

Segundo a denúncia de Janot, desde 2016 até maio deste ano, Aécio tentou impedir e embaraçar as investigações que envolvem a operação Lava Jato ao se esforçar para “selecionar” os delegados que seriam responsáveis pela condução das investigações. O procurador-geral afirma que o senador também atuou nos bastidores do Congresso para aprovar projetos como o de anistia ao caixa 2 e o de abuso de autoridade “com notório viés retaliatório contra autoridades judiciais e agentes públicos de fiscalização e controle”. Na denúncia de 80 páginas, delatores da JBS citam o fato de que houve pagamento indevido de 60 milhões de reais para que os partidos ingressassem na coligação de Aécio à Presidente da República. Em contrapartida, segundo a PGR, o senador usou de sua influência para garantir a liberação de 24,1 milhões em créditos de ICMS devidos a duas empresas do grupo. O relator do caso, ministro Marco Aurélio Mello, ficará responsável por instruir a denúncia criminal. Após essa etapa, a 1ª Turma do Supremo vai decidir se aceita a acusação e transforma ele em réu ou se rejeita a denúncia. Outras pessoas ligadas a Aécio também foram denunciadas: Andréa Neves, irmã do senador, Frederico Pacheco, primo dele, e Mendherson Souza Lima, assessor do senador Zezé Perrela (PMDB-MG). Os três foram presos pela Polícia Federal em 18 de maio. Em nota, o advogado Alberto Toron, que representa Aécio, disse ter recebido com surpresa a notícia do oferecimento da denúncia contra o senador afastado, e disse lamentar o “açodamento” da PGR que, de acordo com o advogado, ofereceu a denúncia sem que diligências importantes, como a perícia em gravações feitas por Joesley, fossem realizadas. “Assim, a defesa lamenta o açodamento no oferecimento da denúncia e aguarda ter acesso ao seu teor para que possa demonstrar a correção da conduta do senador Aécio Neves e de seus familiares”, afirma a nota assinada por Toron.

(Reportagem de Ricardo Brito)

Palácio acusa Janot de ‘irresponsabilidade jurídica e intelectual’

Assessores próximos de Michel Temer acusam o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de “irresponsabilidade jurídica e intelectual” ao afirmar que o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), preso neste sábado, 3, pela Polícia Federal, é o “verdadeiro longa manus” do presidente. A estratégia do Palácio do Planalto, agora, será enfrentar o Ministério Público e o relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin.

Para embasar a crítica a Janot, auxiliares de Temer usam uma gravação feita pelo Palácio do Planalto da conversa entre o presidente e o empresário Joesley Batista, dono da JBS.

Segundo eles, a Procuradoria-Geral da República escondeu um trecho da conversa na qual Temer faz a seguinte afirmação a Joesley: “Pode passar pro e-mail dele (Loures); é da minha mais estreita confiança.” Nas versões da conversa que têm sido divulgadas até agora, a palavra “e-mail” aparece como “inaudível”.

Na avaliação do Planalto, Temer não pediria para Joesley enviar um e-mail a Loures para tratar de assuntos impróprios. “Só uma pessoa com irresponsabilidade jurídica e intelectual poderia fazer uma afirmação dessas”, disse um assessor próximo do presidente.

Ao reapresentar no STF o pedido de prisão preventiva de Rocha Loures, Janot o classificou como “homem de total confiança, verdadeiro longa manus do presidente da República, Michel Miguel Elias Temer Lulia”. A expressão em latim significa executor de tarefas.

A prisão de Rocha Loures provocou muita preocupação no Palácio do Planalto. Nos bastidores, a avaliação do governo é a de que há uma parceria entre Janot e Fachin para desgastar o presidente

Em conversas reservadas, assessores do Planalto dizem não acreditar que Rocha Loures incriminará o presidente simplesmente porque “não tem o que delatar”. Afirmam, porém, que tudo está sendo feito pela Procuradoria para pressionar Rocha Loures e “arrancar” uma delação contra Temer.

Por Estadão Conteúdo

MPF pede prisão de Lula e outros seis réus

O Ministério Público Federal (MPF) pediu ao juiz Sérgio Moro, nesta sexta-feira (3), que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros seis réus sejam condenados em regime fechado pelos crimes de corrupção passiva, ativa e lavagem de dinheiro.

Além disso, o MPF também quer que Moro determine a apreensão de R$ 87.624.971,26. O valor é correspondente ao montante de propinas que foram pagas nos contratos que a OAS firmou junto à Petrobras a agentes públicos.

Segundo informa o G1, o pedido foi apresentado nas alegações finais do processo que apura um suposto pagamento de propina por parte da OAS, por meio da entrega de um apartamento triplex no Guarujá, litoral paulista.

A investigação indica que Lula teria recebido um total de pouco mais de R$ 3 milhões, somando o valor do apartamento e do contrato entre a OAS e a Granero. No entanto, os procuradores pedem que o ex-presidente seja condenado a pagar outros R$ 87 milhões em multas.

Esta é a última fase da ação penal e as defesas têm até 20 de junho para contestar os argumentos do MPF.

Depois que todas as partes apresentarem as alegações finais, o processo volta ao juiz Sérgio Moro e o magistrado deve definir se condena ou absolve os réus.

 

Por Notícia ao Minuto

Em denúncia, Janot relaciona troca de ministro da Justiça à pressão de Aécio e investigados

BRASÍLIA (Reuters) – Em denúncia criminal apresentada nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sugere que a troca do comando do Ministério da Justiça está relacionada à pressão do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e de outros investigados.

“Após a deflagração da “Operação Patmos” em 18 de maio de 2017 e a revelação do envolvimento do próprio presidente da República, Michel Temer, em supostos atos criminosos, a pressão do senador Aécio Neves e outros investigados intensificou-se, e Osmar Serraglio foi efetivamente substituído no Ministério da Justiça por Torquato Jardim”, diz Janot na denúncia.

Janot cita também, a partir do relato das gravações de conversas feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, a chamada “solução Temer” como forma de barrar a operação Lava Jato.

A acusação contra Aécio por corrupção passiva e obstrução de Justiça detalha, a partir de interceptações telefônicas do celular do senador autorizados pelo STF, o incômodo dele com o que considera de atuação “omissiva” do então ministro Osmar Serraglio de não “mexer” na Polícia Federal, subordinada à pasta da Justiça.

Em um dos diálogos gravados no dia 19 de abril, Aécio e o senador José Serra (PSDB-SP) conversam sobre a atuação de Serraglio. Serra lhe diz que era preciso ter um ministro da Justiça “forte”, ao que o tucano mineiro respondeu: “eu também acho, sempre achei.”

Na mesma conversa, Serra disse que Aécio, à época presidente do PSDB, poderia mencionar essa situação ao presidente –ele não fala se está se referindo a Michel Temer. “Tudo bem, mas não sei se consigo”, responde Aécio. Os dois, em seguida, ficaram de conversar pessoalmente.

O senador mineiro teve uma série de ligações telefônicas interceptadas em que tentou falar com o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, sobre investigações relacionadas a ele. Para a PGR, esse relato confirma a delação feita pelo empresário Joesley Batista.

“Conforme se depreende da dinâmica de diversas ligações, fica claro o interesse de Aécio na designação de um delegado específico para seus inquéritos”, escreveu Janot na denúncia.

Apesar dessa movimentação, Janot destaca na denúncia que ele não teve sucesso na articulação feita, mas que tal conduta confirma o crime.

“O fato de o denunciado não ter logrado, aparentemente, o seu desiderato não desconfigura o crime de embaraço, pelo menos, em sua modalidade tentada, diante de todo o quadro fático revelado na investigação e demonstrado ao longo desta denúncia”, afirma Janot.

O senador alega que o pretexto para os telefonemas era falar dos interesses da corporação na reforma da Previdência

No rol de testemunhas, Janot chamou Osmar Serraglio e o chefe de gabinete de Aécio, Flávio de Alencastro.

(Reportagem de Ricardo Brito)

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