Dados divulgados nesta terça-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) mostram que 4,85 milhões de brasileiros
desempregados procuram trabalho há pelo menos 1 ano.
A taxa de desemprego no país ficou em 11,8% no 3º trimestre,
atingindo 12,5 milhões de brasileiros, conforme já divulgado
anteriormente pelo IBGE, após ficar em 12% no trimestre anterior.
Do total de desempregados, 3,2 milhões (25,2% do total) procuravam
trabalho há dois anos ou mais e 1,7 milhão (13,6%) entre 1 ano e 2 anos.
Outra parcela de 1,8 milhão (14,4%) buscava trabalho há menos de um
mês. A maior fatia, um contingente de 5,8 milhões (46,9%), estava
desempregada entre 1 mês e menos de 1 ano.
Apesar do número ainda elevado de desempregados, houve queda de 3,6%
(menos 183 mil) no chamado desemprego de longa duração. No 3º trimestre
de 2018, eram 5 milhões que procuravam trabalho há pelo menos 1 ano.
O número de desempregados há pelo menos 2 anos diminuiu 1,2% (menos
37 mil) na comparação anual. Considerando apenas os meses entre julho e
setembro, foi a primeira queda em 5 anos no número de desempregados à
espera de trabalho há mais de 2 anos. O número de pessoas nessa
condição, entretanto, mais que dobrou nos últimos 7 anos. Em 2012, eram
1,4 milhão.
Já o contingente de desempregados que busca emprego entre 1 ano e 2
anos registrou uma redução de 7,9% na comparação anual, recuando para
1,7 milhão – mas ainda segue 80% acima do patamar de 2012 (942 mil).
Os dados do IBGE mostram ainda que o número de desalentados (aqueles
que desistiram de procurar emprego) foi de 4,7 milhões de pessoas no 3º
trimestre.
A geração de postos de trabalho em 2019 tem sido puxada pela informalidade. Na comparação com o trimestre anterior, houve alta de 2,9% no emprego sem carteira assinada, que registrou 11,8 milhões de empregados, e crescimento de 1,2% de trabalhadores por conta própria, que chegaram a 24,4 milhões de pessoas.
Do G1