A professora do Departamento de Biologia Celular e Genética, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Tirzah Braz Petta Lajus, recebe, no dia 30 de março, em Atlanta (EUA), o prêmio da Associação Americana para Pesquisa do Câncer (AACR), o Global-Scholar-In-Training Award (GSITA), relativo ao estudo de mutações hereditárias para predisposição ao câncer no RN.

No estudo premiado, a professora Tirzah Lajus desenvolve uma pesquisa sobre Polipose colônica hereditária na região do Seridó, RN. A polipose adenomatosa familiar (PAF), também conhecida como polipose colônica, é uma doença hereditária responsável por apenas 1% dos casos de câncer colorretal (CCR) na população. Contudo, os portadores de PAF possuem mutação no gene APC e têm o risco de 100% de desenvolver CCR. Dessa forma, os portadores têm o risco aumentado de desenvolver casos de câncer colorretal, cuja incidência é reduzida significativamente quando entram num programa de aconselhamento genético.

“Aqui no RN, nós identificamos 10 pacientes de Caicó, não-aparentados, portadores da mesma mutação no gene MUTYH. Estamos desenvolvendo um estudo genético-populacional de rastreamento de famílias classificadas como de alto risco para desenvolver CCR na região do Seridó. Até o momento, incluímos 10 famílias e precisamos expandir essa pesquisa para outras famílias”, explica a docente.

A primeira edição do prêmio GSITA tem o objetivo de reconhecer o comprometimento de estudos que tenham como foco a prevenção e cura de todo o câncer por meio de pesquisa, educação, comunicação, colaboração, financiamento e defesa. Com esse reconhecimento, a docente da UFRN passa a integrar um grupo de 15 pesquisadores formado por acadêmicos de diversos países.