A população do Rio Grande do Norte vive um cenário de “terra arrasada” para as eleições de 2018, de acordo com reportagem publicada na edição de sábado da Folha de S.Paulo. Há um desgaste no quadro eleitoral no Estado, tradicionalmente dominado por quatro clãs: os Alves, os Maia, os Rosado e os Faria.

Henrique Alves (PMDB), um dos nomes de destaque do partido, está há meses atrás das grades. Com isso, complicando a vida do partido no Estado, pois ele costumava ser o principal articular político.

Já o atual governador, Robinson Faria (PSD), foi denunciado pela Procuradoria Geral da República por suspeita de obstrução de Justiça no âmbito da Operação Dama de Espadas, que investigou fraudes na Assembleia Legislativa, e enfrenta a gestão com uma grave crise financeira. Assim, governador terá dificuldades devido ao desgaste e pode não disputar a reeleição caso se torne réu no Superior Tribunal de Justiça.

Os caciques e suas proles. Foto: Reprodução

Também investigados na Lava Jato, os senadores Garibaldi Alves (PMDB) e Agripino Maia (DEM) terão uma eleição difícil para renovar seus mandatos no próximo ano.

Para a publicação, o nome natural do grupo para ao governo é o do prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), primo de Henrique Alves e Garibaldi Alves. Mas o sobrenome que costumava ser um trunfo é encarado como a principal dificuldade do prefeito, que tem trajetória política própria e chegou a ser adversário dos primos em outras eleições.

Há rumores de novos nomes cogitados para a disputa de 2018. Entre eles, o dono da rede de lojas Riachuelo, o empresário Flávio Rocha; o dono da distribuidora de combustíveis Ale, Marcelo Alecrim, e do ex-presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Cláudio Santos. A senadora petista Fátima Bezerra aparece como uma terceira via na disputa pelo governo.